Bemisia tabaci (Gennadius, 1889) (Homoptera: Aleyrodidae) em soja (Glycine max (L.) Merrill): influência da variedade, da idade da planta e de cruzamentos intervarietais sobre a oviposição e desenvolvimento do inseto

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1980
Autor(a) principal: Lourenção, André Luiz
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11146/tde-20220207-193754/
Resumo: O presente trabalho visou estudar a resistência de genótipos de soja em relação à mosca branca Bemisia tabaci (Genn.). No primeiro experimento, realizado em condições de casa de vegetação, investigou-se a sua oviposição sem chance de escolha nas PI 171451 e PI 229358, reconhecidas fontes de resistência múltipla a insetos, e no genótipo Santa Rosa. Para infestação artificial dos vasos utilizaram-se gaiolas individuais, nas quais foram soltos aproximadamente 80 insetos. A contagem do número de ovos, nos folíolos superiores, revelou que as PI 171451 e PI 229358 receberam menos ovos que Santa Rosa, a testemunha suscetível, demonstrando que a não-preferência para oviposição permanece nesses dois genótipos mesmo quando não há opção de hospedeiras para o inseto. O segundo experimento objetivou determinar a influência da idade da planta nesses três genótipos em relação à oviposição da mosca branca. Esses materiais foram semeados em vasos a cada 14 dias, num total de quatro semeaduras. Quando as plantas apresentavam-se com 14, 28, 42 e 56 dias, os vasos foram dispostos dentro do insetário, época em que se procedeu à infestação artificial com grande número de adultos. A avaliação, idêntica à anterior, indicou existir interação idade-genótipo; também se observou que o inseto oviposita mais nas plantas com 14 dias, independentemente do genótipo, que nas outras três idades. A fim de se estudar o desenvolvimento do inseto desde ovo até a emergência do adulto nos três genótipos citados, instalou-se o terceiro experimento. Os 3 tratamentos foram dispostos no insetário de criação de B. tabaci durante um dia para sofrerem oviposição. Após isto, selecionou-se em cada planta, um único folíolo superior no qual procurou-se separar 10 ovos. O desenvolvimento de cada ovo e, posteriormente, de cada ninfa, foi acompanhado diariamente. Os resultados mostraram que não existem diferenças entre os tratamentos na porcentagem de adultos emergidos; também o tempo necessário para o desenvolvimento do inseto não diferiu nos três genótipos. Visando-se estudar a resistência da PI 229358, as plantas F1 resultantes dos cruzamentos dessa PI com os genótipos Santa Rosa, Paraná, IAC-4 e IAC-7 foram testadas frente à oviposição de B. tabaci. As plantas F1, juntamente com os pais comerciais e o pai resistente, foram levadas ao insetário onde se soltou grande número de moscas brancas. A avaliação mostrou que as plantas F1 comportaram-se de modo intermediário, aproximando-se, todavia, dos pais comerciais.