Análise de fármacos e metilparabeno em amostras de água do Rio Itapecuru (MA), do Rio Mogi Guaçu (SP) e do Rio Monjolinho e seus tributários (SP)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Oliveira, Thiessa Maramaldo de Almeida
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/75/75135/tde-16032018-095321/
Resumo: Neste estudo, investigou-se a ocorrência de fármacos (naproxeno, paracetamol, diclofenaco, 17β-estradiol, sulfametazina, sulfadimetoxina e sulfatiazol) e produto de cuidados pessoais (metilparabeno) em amostras de água superficial do Rio Itapecuru (MA), do Rio Mogi Guaçu (SP) e do Rio Monjolinho e seus tributários (SP). As águas dos rios foram caracterizadas por parâmetros físicos e químicos e os analitos foram isolados e pré-concentrados por meio da extração em fase sólida (SPE) e, subsequentemente, analisados por cromatografia líquida acoplada à espectrometria de massas de alta resolução (LC-ESI-QqTOF/MS). O método desenvolvido foi validado e mostrou-se linear na faixa de 50 a 400 µg L-1, com coeficientes de determinação maiores que 0,99. Os limites de detecção e quantificação para todos os analitos foram 16 e 50 µg L-1, respectivamente, os valores de recuperação variaram entre 50 e 99%, a precisão intradia variou entre 0,26 e 6,99% e a exatidão variou entre 88,45 e 103,07%. Nas amostras provenientes do Rio Monjolinho e de seus tributários as concentrações máximas de paracetamol, naproxeno e metilparabeno foram 143,97, 75,90 e 56,18 µg L-1, respectivamente. Nas amostras coletadas no Rio Mogi Guaçu (SP) o metilparabeno e o naproxeno foram apenas detectados, bem como o metilparabeno no Rio Itapecuru (MA), uma vez que suas concentrações, apresentaram-se abaixo do limite de quantificação do método. A análise de componentes principais (PCA) mostrou que as variáveis oxigênio dissolvido (OD) e carbono orgânico total (TOC) estão altamente correlacionadas com as elevadas concentrações dos fármacos e metilparabeno encontradas nas amostras, assim como explicou o efeito da variabilidade espaço-temporal nas concentrações. As curvas de distribuição da sensibilidade das espécies (SSD) foram construídas e indicaram que sensibilidades distintas são obtidas dependendo das espécies e do analito ao qual esta foi exposta, evidenciando que a presença dos fármacos e do metilparabeno no ambiente aquático podem provocar desequilíbrio na cadeia alimentar. Portanto, este estudo traz informações analíticas e ecotoxicológicas importantes sobre os contaminantes emergentes em ambiente aquático, que podem ser utilizadas como base de dados para a criação de novas legislações que restrinjam a entrada desses compostos nos corpos aquáticos.