Avaliação de processos oxidativos avançados na remoção de pesticidas presentes em efluentes da agroindústria.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Cunha, Isadora Luiza Climaco
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/3/3137/tde-02072021-090115/
Resumo: A degradação dos ingredientes ativos (IA) azoxistrobina (AZO), difenoconazol (DFZ) e imidacloprido (IMD), constituintes de diversos produtos comerciais aplicados em larga escala nas lavouras brasileiras e encontrados na água de lavagem de tomates da agroindústria, foi investigada através da fotólise direta UVC (251-257 nm) e do processo oxidativo avançado UVC/H2O2. Os resultados indicaram que a fotólise direta segue cinética de pseudo-primeira ordem, com remoção total de AZO e IMD após 15 minutos de irradiação, usando 21,8 e 28,6 W m-2, respectivamente. O DFZ demonstrou ser mais persistente à fotólise, com máxima degradação observada de 51,7%, para 28,6 W m-2. Considerando as diferentes condições de irradiação e o coeficiente de absorção molar dos compostos para essa faixa de comprimento de onda, foram estimados os valores de rendimento quântico dos IA (0,572, 0,028 e 0,061 mol Einstein-1 para AZO, DFZ e IMD, respectivamente). No processo UVC/H2O2, a remoção total dos compostos ocorreu para a maioria das condições após 10 minutos de irradiação, com concentrações dos IA abaixo dos limites de detecção. O projeto experimental Doehlert sequencial permitiu maior compreensão da influência das variáveis de processo [H2O2]0 e EUVC na taxa específica de degradação dos compostos, e através da análise estatística, foram obtidas as condições ótimas para o sistema-modelo baseado na água de lavagem sintética, isto é, aproximadamente [H2O2]0 = 130,0 mg L-1 e 26,0 W m-2 . Ensaios com amostras de água reais coletadas na indústria, geradas na lavagem de tomates, indicaram que a matriz não influencia a degradação da AZO, enquanto a remoção total de DFZ e IMD ocorreu apenas para a água coletada na esteira de lavagem. O estudo da citotoxicidade e genotoxicidade com Allium cepa (bulbos de cebola) não demonstrou anormalidades durante a divisão das células para os ensaios com os padrões analíticos individuais e para a água da esteira de lavagem, com a remoção total dos IA após 15 minutos, demonstrando o potencial de aplicação do processo UVC/H2O2 como alternativa potencialmente viável de tratamento localizado de água de lavagem de tomates na agroindústria, com foco em um possível reúso da água tratada.