Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Taga, Nara Cristina Takeda |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/2/2133/tde-19022021-175017/
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Resumo: |
Trata-se de tese de doutorado com o propósito de analisar criticamente a natureza jurídica do IGA celebrado entre os EUA e o Brasil como mecanismo para troca automática de informações entre os dois países, de acordo com a moldura normativa nacional, com foco no recente julgamento do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre os procedimentos necessários para haver a quebra do sigilo bancário para fins fiscais. Para tanto, foi formulada a seguinte pergunta de pesquisa: diante da natureza jurídica do IGA no Brasil, o panorama jurídico sobre a proteção de acesso a informações bancárias para fins fiscais permite o pleno cumprimento do FATCA no Brasil? Foram traçadas duas hipóteses de pesquisa: (i) o IGA, enquanto espécie do gênero Acordo Internacional para Troca Automática de Informações Fiscais (modelo atualmente aceito pela OCDE e difundido largamente no cenário tributário internacional) pode não ser cumprido integralmente pelo Brasil por ferir regras internas de sigilo de dados bancários para fins fiscais, de acordo com o mais recente posicionamento do STF sobre a Lei Complementar nº 105/2001 (LC nº 105/01), o que inviabiliza, por consequência, o cumprimento do FATCA; e, (ii) o FATCA é uma espécie sui generis para troca automática de informações tributárias entre países, sendo que seu cumprimento poderá gerar repercussões jurídicas internas mesmo sem a existência de um IGA entre Brasil e EUA. A verificação de tais hipóteses mostra-se relevante para determinar o quadro normativo (formal e material) aplicável no Brasil, com foco nos novos parâmetros de controle para o acesso de informações bancárias pelas autoridades fiscalizadoras, recentemente estabelecidas pelo julgamento do STF acerca da constitucionalidade dos artigos 5º e 6º da LC nº 105/01. Investigamos se há contornos precisos acerca da manutenção do dever de sigilo durante o envio e manejo das informações. Analisamos a moldura normativa do FATCA no Brasil, considerando o processo que conduziu à celebração do IGA com base no TIEA, bem como sua moldura prática, referente às ações empreendidas pelas autoridades fiscalizadoras federais para sua implementação operacional. Ao observar as molduras normativa e prática, buscou-se verificar se a regulamentação tributária nacional tem servido à correta aplicação do IGA no país, já que é vedado, segundo esse acordo, que os Estados Contratantes tomem medidas em desconformidade com as leis e práticas administrativas de seus respectivos ordenamentos jurídicos. |