Duas escolas, duas expressões do Iluminismo. Rousseau e Condorcet: o futuro que o passado ousou projetar

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Calça, Robson Pereira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48134/tde-16122010-154122/
Resumo: Nossa pesquisa situa a sua investigação em um período decisivo, seja para a História da Filosofia Moderna e Contemporânea, seja para a História Política do Ocidente. Trata-se do período em que vigorou o Iluminismo Francês, que, com dois de seus mais eminentes representantes, Rousseau e Condorcet, deixou para a posteridade dois projetos de escola pública, acompanhados de reflexões fundamentais para compreender os autores, por essa parte de suas obras, e esta parte de suas obras por meio das concepções gerais de ambos os autores. Em um período aproximado de apenas vinte anos (de 1770 a 1791), Rousseau traçou em linhas gerais uma escola pública para a Polônia e Condorcet formula um plano completo de instrução pública destinado à França. Analisamos estas duas formulações de instituição escolar, com especial atenção nos conceitos de público e de Estado nelas expressos, pois constituem também eventos extraordinários, que ocorrem nesse período, em primeiro lugar, a recorrência e a intensidade com que é atribuído ao Estado o papel de intermediador da relação que o homem, no âmbito coletivo, travará com o conhecimento e com a virtude; e, em segundo lugar, a própria relação entre a Filosofia e as questões ligadas à coisa pública, tanto na esfera teórica, quanto em suas incursões na vida política européia do século XVIII. Julgamos que, com a pesquisa que ora propomos, poderemos colaborar com a compreensão das concepções de igualdade, liberdade e justiça, defendidas por ambos os autores, bem como do posicionamento de ambos frente a questões como o direito do homem ao conhecimento e o dever do Estado, assim como seu interesse, em fomentá-lo.