Sensibilidade e especificidade da avaliação da postura craniocervical: fotogrametria em relação à análise de inspeção visual

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Leite, Raquel Descie Veraldi
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17152/tde-25042018-160153/
Resumo: As avaliações de postura craniocervical podem ser realizadas através de métodos qualitativos e quantitativos. Apesar das vantagens no emprego das análises quantitativas, a ausência de valores clínicos de referência para determinação da presença/ausência de desalinhamentos posturais é uma limitação para uso do recurso na prática clínica. Objetivo: Identificar os valores de acurácia, sensibilidade e especificidade da fotogrametria em relação inspeção visual para avaliação da postura craniocervical através da análise de fotografias no plano sagital, além de verificar a confiabilidade destes métodos. Método: Foram avaliadas 157 imagens no plano sagital de mulheres (35,6 DP:10,36 anos). As imagens foram analisadas através da avaliação qualitativa (inspeção visual) e através da análise quantitativa (fotogrametria) considerando-se dois ângulos: ângulo craniovertebral (ACV) e lordose cervical (ALC). Os voluntários com dor cervical também foram submetidos a avaliação de intensidade de dor e incapacidade relacionada à dor cervical. A inspeção visual foi realizada por 5 fisioterapeutas experientes. Da mesma forma a avaliação por fotogrametria foi realizada por 2 avaliadores. Todas as avaliações foram repetidas após uma semana. Para análise estatística foi utilizado o Coeficiente de Correlação Intraclasse (CCI) para analisar a confiabilidade e o Kappa de Cohen para a concordância. Além disso, os valores de acurácia, sensibilidade e especificidade foram identificados através do Receiver Operating Characteristic (ROC). Resultados: Foram observados níveis aceitáveis de confiabilidade para o ACV e ALC (CCI<0,98) por meio da fotogrametria e valores de PABAK para a concordância intra-examinador entre 0,63-0,91 (ACV) e 0,46-0,89 (ALC) e para a concordância interexaminadores de 0,51-0,85 (ACV) e 0,16-0,59 (ALC). Foi observada uma acurácia moderada (0,7 ROC<0,9) para os valores de corte do ACV (42°, EPM±0,73º) e ALC (12º-15º, EPM±0,42º) com níveis aceitáveis de sensibilidade e especificidade (<0,63). Assim, foi encontrada uma acurácia moderada (0,7<ROC<0,9) para os valores de corte dos ACV (± 42°) e ALC (± 13°) estabelecidos pelo estudo, com níveis adequados de sensibilidade e especificidade dos mesmos. Também não foram verificados níveis aceitáveis de sensibilidade, especificidade e acurácia dos ângulos de postura craniocervical para detecção dos grupos sintomático vs. assintomático para dor cervical, e para identificação dos subgrupos com e sem incapacidade relacionda a dor cervical. Conclusão: Nossos resultados dão suporte para o uso de ângulos na análise postural quantitativa que discriminam indivíduos com protrusão da cabeça moderada/severa e indivíduos com alterações da postura cervical em hiperlordose e retificação/cifose cervical em relação à postura considerada normal através da avaliação qualitativa. Entretanto, ambos os ângulos estudados não demonstraram bons índices para discriminar indivíduos sintomáticos vs. assintomáticos para dor cervical ou subgrupos com e sem incapacidade relacionda à dor cervical.