Considerações sobre o aproveitamento dos rejeitos de produção do carvão catarinense.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2003
Autor(a) principal: Zilli, Cláudio Beneton
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/3/3134/tde-31072024-102611/
Resumo: Os carvões brasileiros caracterizam-se pelo elevado teor de matéria mineral e de pirita disseminados na matriz orgânica, gerando grande quantidade de rejeito no processo de concentração, e também na queima do concentrado. Estes rejeitos são descartados em grandes depósitos, cujas conseqüências ambientais são bastante marcantes nas regiões carboníferas de Santa Catarina e Rio Grande do Sul. O aproveitamento industrial destes subprodutos é de fundamental importância para estas regiões, tanto do ponto de vista ambiental, como econômico e social. A dissertação apresenta um panorama da indústria do carvão em Santa Catarina, juntamente com uma caracterização sucinta de seus rejeitos. Faz uma comparação com base nas características químicas, entre os rejeitos de produção e os de queima do carvão. Apresenta também, uma síntese da utilização de rejeitos (subprodutos) da queima de carvão no mundo, e o que é feito ou já foi feito no Brasil. E por fim, destaca o potencial de aproveitamento destes rejeitos e os ganhos ambientais decorrentes. Os principais ramos de atividade com potencial para valerem-se destes subprodutos são: a indústria da construção civil, agrícola, e química. Na indústria da construção civil, as cinzas podem ser usadas para fabricação de argamassas, cimento asfáltico, bases de estradas, agregados leves e outros enchimentos estruturais, todos se beneficiando das propriedades pozolânicas e aglomerantes destas cinzas. No setor agrícola, podem ser usadas como corretivo de solo, e na recuperação de áreas degradadas, se beneficiando dos componentes básicos das cinzas, principalmente aquelas resultantes da queima em leito fluidizado. Finalmente no setor químico, podem ser utilizadas como filler na fabricação de tintas, polímeros, resinas, borracha, cerâmica, entre outros. Todos resultando em produtos com características competitivas em relação aos usualmente utilizados.