Metabolismo de hexosaminas do Trypanosoma cruzi

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Crispim, Marcell
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/42/42135/tde-10032023-175714/
Resumo: Ao longo do seu ciclo biológico, o percorre diversos ambientes que exigem deste organismo a utilização de carboidratos, aminoácidos e lipídeos para a obtenção de energia e para a síntese de outros metabólitos. Nesse contexto encontra-se a via de biossíntese de hexosaminas (HBP), uma via de quatro passos enzimáticos que culmina na formação de UDP-GlcNAc, metabólito crucial para a biossíntese de glicoconjugados e para eventos de glicosilação. Adicionalmente à biossíntese , hexosaminas podem ser obtidas a partir do meio extracelular; seu potencial papel como fonte de carbonos ocorreria por uma via catabólica que se conecta à glicólise após dois passos enzimáticos específicos (nagA e nagB). Nesse trabalho são apresentadas as evidências da existência de HBP em , através da caracterização cinética dos primeiros dois passos da via (TcGF6PA e TcGNA), assim como as intervenções de inibidores dessas enzimas na proliferação e ciclo intracelular do parasita. Ademais o transporte a partir do meio extracelular e parte do catabolismo de hexosaminas são compartilhados com o da glicose. As hexosaminas são moléculas finalmente oxidadas na mitocôndria e estimulam uma respiração celular acoplada a fosforilação oxidativa, culminando em uma biossíntese de ATP intracelular. A comparação entre a síntese e degradação das hexosaminas indica que o apresenta uma maior dependência da HBP nas formas infectivas. Em contrapartida, epimastigotas mostraram ser mais dependentes de hexosaminas extracelulares. Portanto, propõe-se: (i) a HBP é um bom alvo para futuras intervenções de drogas, afetando formas presentes nos hospedeiros mamíferos e (ii) GlcNAc é uma fonte de carbono e energia para formas do presentes no inseto vetor, contribuindo para a colonização de epimastigotas e diferenciação em formas metacíclicas.