Perfil lipídico e inflamação sistêmica na caquexia associada ao câncer.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Riccardi, Daniela Mendes dos Reis
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/42/42134/tde-25022016-103812/
Resumo: A caquexia associada ao câncer, cujo o sintoma mais notável é a severa e rápida perda de peso, afeta cerca de 80% dos pacientes com câncer avaçado e constitui causa direta de morte em 22 a 40% dos casos. Estudos recentes têm mostrado que os mediadores inflamatórios têm um papel importante no desenvolvimento de caquexia, hoje em dia considerada como uma doença inflamatória crónica. Um possível contribuinte é o tecido adiposo branco (TAB) que sofre diversas alterações, como por exemplo, reorganização morfológica e aumento da lipólise, liberando assim ácidos graxos livres (AGL), que por sua vez, podem acentuar a produção de citocinas pró-inflamatórias. O objetivo do presente estudo foi analisar a expressão gênica de citocinas pró-inflamatórias no TAB e estabelecer se os ácidos graxos que são liberados pelos adipócitos na vigência da caquexia deflagram e/ou contribuem para inflamação local e sistêmica. O estudo envolveu 122 pacientes divididos em 3 grupos: controle (N), câncer sem caquexia (WSC) e câncer com caquexia (CC). O grupo CC foi composto por pacientes com uma perda de peso não intencional superior a 5% nos últimos 12 meses e atendeu a no mínimo três dos cinco critérios utilizados para a classificação da caquexia e o grupo WSC foi composta por pacientes em tratamento para o câncer, sem declarar a perda de peso> 5% nos últimos 12 meses. O tecido adiposo subcutâneo (TASC) apresentou aumento da expressão gênica de TNF- e uma tendência do aumento para a expressão gênica de CCL-2 no CC comparado ao N, enquanto o conteúdo de RNAm da IL-10 diminuiu no mesmo grupo. Sugerimos que o TASC enconta-se inflamado nos pacientes com caquexia associado ao câncer e um possível ativador da secreção de proteínas pró-inflamatórias nesse tecido poderia ser a maior presença de acidos graxos livres.