Avaliação in vitro e in situ do potencial erosivo de um refrigerante modificado com polímeros formadores de filme em esmalte e dentina bovinos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Kairalla, Cláudia Allegrini
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/23/23134/tde-06122024-171742/
Resumo: CAPÍTULO II: O presente estudo avaliou in vitro o potencial erosivo do refrigerante Sprite Zero Açúcar® modificado com os polímeros polifosfato de sódio de cadeia linear (LPP) e o trimetafosfato de sódio (TMP), testados isoladamente e também associados ao lactato de cálcio pentahidratado (CLP), em esmalte e dentina bovinos. Foram testados 6 grupos experimentais: 1. C- (controle negativo - Sprite® não modificado); 2.LPP (10g/L); 3.TMP (10g/L); 4. LPP+CLP (10g/L de LPP + 4.35g/L de CLP); 5. TMP+CLP (10g/L de TMP + 4.35g/L de CLP); 6. C+ (controle positivo - 4.35g/L de CLP). 60 fragmentos de esmalte e 60 de dentina (3mm x 3mm x 2mm) foram obtidos de incisivos bovinos, planificados, polidos e tiveram o perfil inicial analisado, utilizando um perfilômetro óptico. Em seguida foram distribuídos aleatoriamente nos 6 grupos experimentais (n=10 para cada substrato). Então, foram submetidos a ciclagem de erosão-redeposição mineral que consistiu em 60 min de imersão em saliva artificial, seguido de 5 min de imersão nas soluções ácidas, 4 vezes ao dia, durante 5 dias. Após a ciclagem, os espécimes foram novamente avaliados quanto a perda superficial (m) em perfilômetro óptico. Os dados foram avaliados com os testes de ANOVA 1 fator e Tukey (=0,05). Além disso, foram realizados testes complementares de cor e viscosidade dos refrigerantes experimentais, em que não foram apresentadas alterações significativas para ambos os testes. Tanto para esmalte, quanto para dentina, o polímero LPP foi capaz de reduzir o potencial erosivo do refrigerante, quando comparado ao C- (p<0,05), atingindo uma porcentagem de redução de 53% em esmalte e 41% em dentina. Já o TMP sozinho não apresentou proteção em nenhum substrato, apresentando perdas semelhantes às do C- (p>0,05). O grupo com CLP, foi capaz de reduzir em 87% e 38% a perda em esmalte e dentina, respectivamente, quando comparado ao C-. E quando o CLP foi associado aos dois polímeros esse efeito foi potencializado, e em dentina essa ação anti-erosiva foi significativamente melhor que o CLP sozinho, reduzindo em 56% com LPP e 48% com TMP, em relação ao C-. CAPÍTULO III: O objetivo deste estudo foi avaliar in situ o potencial erosivo do refrigerante Sprite Zero Açúcar® modificado com lactato cálcio pentahidratado (CLP), e os polímeros formadores de filme: polifosfato de sódio de cadeia linear (LPP) e trimetafosfato de sódio (TMP), em esmalte e dentina bovinos. A escolha dos grupos experimentais foi baseada nos resultados do estudo in vitro, totalizando 5 grupos experimentais: 1. C- (controle negativo Sprite® não modificado); 2.LPP (10g/L); 3. LPP+CLP (10g/L de LPP + 4.35g/L de CLP); 4. TMP+CLP (10g/L de TMP + 4.35g/L de CLP); 5. C+ (controle positivo - 4.35g/L de CLP). Para essa etapa, foram utilizados 150 fragmentos de esmalte e 150 de dentina (3mm x 3mm x 2mm), obtidos de incisivos bovinos. Os fragmentos foram planificados, polidos, tiveram o perfil inicial analisado, utilizando um perfilômetro óptico, em seguida foram distribuídos aleatoriamente nos grupos experimentais (n=2/substrato/fase). Foram selecionados 15 voluntários, que tiveram suas arcadas moldadas para confecção de aparelhos removíveis mandibulares, onde os espécimes a serem testados foram acoplados. Cada fase do teste consistiu em 30 min de exposição a saliva humana (em boca), seguido de 5 min de imersão extra-oral nas soluções ácidas, 10 vezes ao dia, durante 3 dias. Após a ciclagem, os espécimes foram novamente avaliados quanto à perda superficial (m) em perfilômetro óptico. Os dados foram avaliados com testes de Friedmann e de Dunn. Além disso, foi realizado teste complementar de paladar com os voluntários. Tanto para esmalte, quanto para dentina, o lactato de cálcio foi capaz de reduzir o potencial erosivo do refrigerante (p=0,005 e p=0,003 respectivamente). Porém, nenhum dos dois polímeros testados conseguiu esse efeito anti-erosivo, mesmo quando associados ao lactato de cálcio (p>0,05). Ao teste de paladar todos os refrigerantes experimentais apresentaram alteração em relação ao refrigerante original, porém o Sprite modificado apenas com CLP foi o que apresentou menor diferença entre os voluntários, 9 de 15 voluntários sentiram diferença nos sabores, sendo essa relacionada a uma menor acidez do refrigerante teste.