Adsorção de cobre em latossolos ácricos paulistas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1999
Autor(a) principal: Silveira, Maria Lucia Azevedo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11140/tde-20220208-013339/
Resumo: O cobre, embora essencial à nutrição de plantas, pode apresentar caráter tóxico, quando presente em altas concentrações na solução do solo. Esse elemento está presente em resíduos municipais e industriais, em compostos organo-metálicos, como agroquímicos largamente utilizados na agricultura, em fertilizantes e na ração animal. As reações que controlam a disponibilidade do cobre no sistema agroecológico são complexas, sendo que o mesmo pode se encontrar ligado nas frações orgânica e inorgânica do solo. Os objetivos deste estudo foram estudar a adsorção do cobre nos horizontes superficiais (0-20 cm) e subsuperficiais (na maior expressão do horizonte B) de três solos do Estado de São Paulo: Latossolo Roxo ácrico textura muito argilosa, Latossolo variação Una ácrico textura média e Terra Roxa Estruturada, em seus valores de pH naturais e averiguar se ela pode ser estimada por seus atributos químicos, físicos mineralógicos. As amostras foram suspensas em 20 mL de solução 0,0025 mol L-1 de Ca(No3)2, nas concentrações de O; 5; 10; 20; 50; 100; 200; 300; 400; 600 e 800 mg kg-1 de cobre. Após agitação por 24 horas realizaram-se as determinações de cobre no extrato, com auxílio de espectrofotômetro de absorção atômica. A partir desses resultados, foram obtidas as isotermas de adsorção e os coeficientes das equações de Freundlich e Langmuir. Numa segunda etapa, avaliou-se o efeito do pH na adsorção do cobre em amostras de terra incubadas com carbonato de cálcio ou ácido clorídrico, dentro de uma faixa de variação de pH de 4 a 7. Adicionaram-se 100 mg kg-1 Cu e seguiu-se o mesmo procedimento descrito na primeira etapa. Observou-se aumento na adsorção de cobre com o aumento da dose adicionada, porém o incremento foi menos acentuado nas doses mais altas do metal, possivelmente pela saturação dos sítios de adsorção. Os horizontes superficiais adsorveram maiores quantidades de cobre em relação ao horizontes subsuperficiais, evidenciando a influência da matéria orgânica nas reações. A adsorção de cobre foi significativa nos horizontes subsuperficiais dos Latossolos, apesar do balanço positivo de cargas, demostrando a existência de mecanismos de adsorção específica, relacionados principalmente com a predominância dos óxidos de ferro e alumínio na fração mineral desses solos. Houve efeito do pH da solução do solo na adsorção de cobre, pois elevando-se seu valor houve correspondente aumento nas quantidades adsorvidas. A TE apresentou maior capacidade de adsorção de cobre, porém as quantidades adsorvidas do elemento não foram estatisticamente diferentes para os três solos estudados em valores de pH próximos a 6,0. A CTC, influenciada pelos teores de matéria orgânica e argila, e os teores de óxidos e hidróxidos de ferro e alumínio foram os principais atributos do solo que correlacionaram-se com os parâmetros dos modelos de Langmuir e Freundlich.