Restauração florestal e estoque de carbono em modelos de implantação de mudas sob diferentes combinações de espécies e espaçamentos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Bufo, Luís Vicente Brandolise
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/91/91131/tde-17072008-162128/
Resumo: Além dos já conhecidos benefícios da conservação e restauração das florestas ciliares sobre a qualidade e quantidade de água produzida pelas microbacias hidrogáficas, atualmente apregoa-se também a essas florestas a função de sumidouro de carbono. Este trabalho desenvolvido em duas propriedades produtoras de cana-de-açúcar localizadas no Norte do Estado de São Paulo (Santa Emília, município de Ituverava e Mata Chica, Morro Agudo) tem como objetivo testar variações de modelos de restauração já existentes, baseados na implantação de mudas e categorização das espécies em dois grupos denominados grupo de preenchimento e grupo de diversidade, quanto à eficiência em cobertura de copas e estoque de carbono de cada um dos modelos testados. Foram testados seis modelos de plantio, com variações em relação à forma de distribuição dos grupos (linhas alternadas de preenchimento e diversidade, alternância de indivíduos de preenchimento e diversidade na mesma linha e distribuição aleatória de indivíduos de preenchimento e diversidade), espaçamento (3 x 2 m e 3 x 3 m), e composição de espécies do grupo de preenchimento (grupo de preenchimento geral com 19 espécies, e grupo de preenchimento restrito com 10 espécies que mais se destacam em crescimento e cobertura de copas). A eficiência da cobertura de copas de cada modelo foi avaliada por dois métodos diferentes denominado: interseção na linha e interseção em pontos. No primeiro foi medido o comprimento de copas de todos os indivíduos na linha de plantio, e a porcentagem de cobertura obtida pela soma do comprimento total das copas de todas as árvores de cada parcela, em relação ao comprimento total das linhas de plantio de cada parcela. A avaliação por interseção em pontos foi realizada utilizando-se um densitômetro vertical com o qual foi verificou-se a presença ou ausência de cobertura em 108 pontos por parcela. Para a avaliação do montante de carbono estocado aos 32 meses de idade pelos diferentes modelos de plantio foram, tomadas medidas do maior diâmetro de tronco à 1,3 m, com valor de inclusão >= 5 cm, e aplicados à duas equações alométricas para a determinação da biomassa. A cobertura pelo método da interseção na linha mostrou ser influenciada pelo espaçamento utilizado sendo os espaçamentos de 3 x 3 m menos eficientes. A forma de distribuição e a composição de espécies do grupo de preenchimento não influenciaram a cobertura de copas. O método de interseção em pontos não verificou diferença significativa na cobertura entre os modelos de plantio testados. Comparando-se os blocos experimentais, para ambas as formas de avaliação da cobertura, os blocos 1 e 2 foram superiores aos blocos 3 e 4 explicando-se isso pela maior fertilidade dos solo dos blocos 1 e 2 (Faz. Santa Emília), e pelo intenso ataque de formigas observado nos blocos 3 e 4 (Faz. Mata Chica).A biomassa acumulada não foi influenciada pelo modelo de plantio, mas pelas condições de sítio acima mencionadas, tendo os blocos 1 e 2 significativamente mais biomassa estocada que 3 e 4.