Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2012 |
Autor(a) principal: |
Alboz, Lilian |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48134/tde-23082012-093912/
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Resumo: |
Este trabalho dedica-se a observar quais contornos a produção acadêmica da educação de orientação pós-crítica sobre a infância, especialmente os trabalhos inspirados na obra do filósofo francês Michel Foucault, tem adquirido nos últimos anos, analisando em que medida coloca em xeque as relações de poder/saber que envolvem a infância e em que medida têm sido fiéis aos questionamentos pós-críticos. Para tanto, selecionamos artigos de periódicos científicos da educação publicados no período de 2000 a 2010, observando se os artigos possuíam referencial bibliográfico foucaultiano, se suas temáticas envolviam crianças ou a infância, se nos resumos havia referências a conceitos desenvolvidos por Michel Foucault. Na análise que procedemos, verificamos que a abordagem pós-crítica utilizada nos textos contribui para a desnaturalização de visões românticas e essencializadas a respeito da infância e das crianças e põe em evidência o caráter inventado tanto da própria infância, quanto das práticas e saberes que a ela se destinam, não havendo lugar para saberes e conhecimentos universais sobre a infância, mas para a multiplicidade de perspectivas, para a contingência dos saberes e visões sobre ela; que a escola e a pedagogia funcionaram e continuam operando como potentes máquinas na fabricação da infância e em seu governo e que os trabalhos elucidam mecanismos de poder-saber, tecnologias e aparatos que possibilitam o exercício do poder sobre os outros e sobre si mesmo, atuando na conformação e governo da infância. Assim, parece-nos que é significativa a contribuição dos textos analisados em fornecer elementos para que o campo da cultura e da educação sejam tomados como uma arena onde estão constantemente em jogo e em luta visões de mundo, representações, narrativas, significados sobre as coisas e seres do mundo e a tarefa da pesquisa e do pesquisador, entrelaçados que estão com estes elementos, seria travar uma batalha nesta arena, não em busca de estabelecer verdades a respeito da infância e sua educação, mas de interrogar constantemente a respeito das verdades estabelecidas. |