Estudo da influência de características clínicas, patológicas e moleculares na possibilidade de recorrência local após cirurgia conservadora da mama em pacientes com diagnóstico de carcinoma ductal in situ

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Marques, Larissa Cabral
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5160/tde-28042022-114055/
Resumo: INTRODUÇÃO A predição da possibilidade de recorrência local (RL) e a necessidade de radioterapia (RT) de rotina são pontos ainda controversos a respeito da terapia do carcinoma ductal in situ (CDIS) de mama, tratado por ressecção segmentar mamária (RSM) e RT. OBJETIVOS: Avaliar -1. a influência de diversos fatores nas taxas de RL; 2. a eficácia dos nomogramas do Memorial Sloan-Kettering Cancer Center para CDIS, original e modificado, na predição do risco de RL; 3. a potencialidade do nomograma modificado para indicação de RT adjuvante. MÉTODOS: Estudo retrospectivo com dados coletados em prontuários de pacientes com CDIS tratados por RSM (com margens cirúrgicas livres) e RT. Foram analisados fatores clínicos, histopatológicos e moleculares. Os nomogramas do MSKCC para CDIS original (10 parâmetros) e modificado (9 parâmetros, com exclusão de RT) foram comparados em termos de predição de RL, pela análise de curvas ROC. Pacientes com estimativa de RL ³ 10% em 10 anos foram consideradas de alto risco, e < 10% como de baixo risco. Procurou-se analisar também o número de casos de RL nas pacientes com baixo e alto risco, para verificar a importância da inclusão ou de omissão da RT complementar. RESULTADOS: A incidência de RL nos 110 casos estudados foi de 7,3% (8 casos), sendo 62,5% invasivas e 37,5% in situ. O tempo de seguimento médio foi de 4,8 anos. O risco atuarial de RL foi de 5,4% em 5 anos e de 10,3% em 10 anos. As variáveis com impacto estatístico sobre o risco de RL foram a presença de comedonecrose (p = 0,03) e distância exígua do tumor até à margem (p= 0,05). As taxas de RL em 10 anos foram comparadas pelas AUC das curvas ROC e mostraram superioridade do nomograma modificado para identificá-las (p= 0,03). Foram consideradas de alto risco aos 10 anos pelo nomograma modificado 47 pacientes, com 6 RL (12,7%); de baixo risco foram 63, com 2 RL (3,1%), evidenciando tendência estatística (p= 0,12). CONCLUSÕES: 1. entre as variáveis clínicas, histopatológicas e moleculares, aquelas que mostraram ser fatores predisponentes à RL, com significância estatística, foram presença de comedonecrose e distância tumor-margem cirúrgica exígua; 2. o nomograma modificado do MSKCC para CDIS foi significativamente associado ao risco de RL, enquanto que o nomograma original não; 3. o nomograma modificado do MSKCC para CDIS demonstrou ser instrumento útil na prática, para reforçar a indicação de RT complementar