Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
1998 |
Autor(a) principal: |
Sato, Kei |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/44/44134/tde-29102012-144139/
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Resumo: |
A sistemática Sm-Nd é um dos melhores métodos para a investigação dos processos maiores de evolução relativa a formação da crosta continental no tempo geológico. Idades modelo Sm-Nd podem indicar a época dos eventos de diferenciação mantélica e formação da crosta continental juvenil, e as incertezas interpretativas decorrem da falta de informação adequada sobre a química do manto superior e sobre os processos de fracionamento químico durante a diferenciação do magma matélico, bem como sobre os processos secundários que ocorrem em ambiente crustal (mistura de fontes, fracionamento químico entre Sm e Nd durante refusão de material crustal, etc.) Metodologias da sistemática Sm-Nd são apresentadas e aplicadas em rochas da Plataforma Sul Americana. As principais conclusões indicam acreções juvenis com períodos de intensa atividade entre 3,1 e 3,0 Ga ( ~ 8% do volume total da crosta continental), 2,8 e 2,7 ( ~ 20%), 2,2 e 1,9 (~ 40%) e 1.3 e 1,1 (~ 7%). Tais períodos correspondem aproximadamente aos valores mais frequentes observados em escala mundial. A curva de crescimento da crosta continental no tempo geológico indica que cerca de 35% da crosta continental era formada no final do Arqueano (2,5 Ga), mas a maior taxa de acreção de material juvenil ocorreu durante o Paleoproterozóico com 88% de volume acumulado ao final deste período e atingindo a 98% no início do Neoproterozóico, restando muito pouco para épocas posteriores. Portanto, o Paleoproterozóico mostra-se claramente como a principal época de formação de crosta continental juvenil da Plataforma Sul Americana, correspondendo a aproximadamente 54% em volume. O Lineamento Transbasiliano é uma megasutura, ativa durante o Neoproterozóico, que separa duas grande massas continentais: a porção NW que inclui os Cratons Amazônico, São Luís e Rio Apa e suas regiões marginais e a porção SE, formada por um mosaico de blocos que compreende os Cratons do São Francisco, do Rio de La Plata e de Luiz Alves, bem como as respectivas regiões marginais e outros fragmentos menores. Em termos de evolução crustal setorial observou-se certa semelhança em ambas as partes das massas continentais durante o período entre 3.0 e 1.7 Ga com concentrações similares (picos) tanto no Arqueano como no Paleoproterozóico. Diferem em relação ao Arqueano precoce, visto que não há dados do lado NW, com valores tão antigos (3.7 - 3.54Ga) como os do bloco Gavião, Contendas-Mirante e Caldas Brandão, período em que a massa NW (Cratons Amazônico-São Luís) permaneceu virtualmente inafetada pelos eventos tecto-orogênicos, a não ser em suas regiões marginais, enquanto que a massa SE teve uma evolução muito mais complexa, tendo participado da formação de pelo menos dois supercontinentes (Rodínia e Gondwana). |