Monitoramento e caracterização molecular de arbovírus em dípteros da Amazônia ocidental brasileira (estado de Rondônia e Amazonas).

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Oliveira, Cairo Monteiro de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/42/42132/tde-04032022-164316/
Resumo: Introdução: Arbovírus são vírus transmitidos por vetores artrópodes que predominam nas áreas tropicais do mundo. O território brasileiro é tomado por florestas tropicais e ecossistemas que permitem condições ideais à presença de Arbovírus. Inúmeros arbovírus já foram detectados e isolados no território brasileiro, tais como o vírus da Dengue, Zika vírus, Chikungunya e muitos outros que circulam na natureza por intermédio de hospedeiros reservatórios e vetores artrópodes, tais como dípteros, carrapatos, etc que frequentemente causam surtos de doenças em animais e humanos. Nesse contexto, os estados de Rondônia e Amazonas que detém parte de seus territórios coberto por floresta amazônica, apresentam ecossistema que favorece a existência de diferentes espécies de vetores artrópodes que junto às ações antropogênicas e as precárias condições de saneamento básico, permitem potencial transmissão e estabelecimento de arboviroses nestas regiões. Objetivo: O presente trabalho tem como objetivo monitorar a presença de Arbovírus de importância médica, tais como Flavivirus, Alphavirus e Bunyavírus em espécies de dípteros coletados nos estados de Rondônia e Amazonas, Brasil. Métodos: Neste estudo, foi padronizado três ensaios de RT-qPCR (Reverse Transcription Quantitative Polymerase Chain Reaction) com Sybr Green para detecção de Arbovírus (Flavivirus, Alphavirus e Bunyavirus). Além disso, espécies de dípteros foram capturados em diferentes regiões ao longo do estado de Rondônia e Amazonas, entre os anos de 2017, 2018 e 2019, e após um processo de maceração e extração de ácidos nucleicos, foram submetidos à pesquisa de Arbovírus utilizando os protocolos padronizados. Resultados: Os ensaios se mostraram eficazes para pesquisa de Arbovirus de interesse. Até o momento, dos 9.299 dípteros coletados, foram processados e analisados cerca de 6798 dípteros, dos quais: 69,46% (n=4714) pertencem à família Culicidae, 15,5% (n=1050) a Ceratopogonidae, 8,2% (n=555) a Psychodidae, 6,8% (462) a Tabanidae e 0,04% (n=3) a Simullidae, divididos em mais de 35 espécies distintas. Do total de dípteros analisados não foi detectado Flavivirus, Alphavirus ou Bunyavírus. Conclusão: Apesar da boa eficiência dos protocolos, não houve detecção de arbovírus nos pools de mosquitos analisados. Este trabalho fornece dados importantes à respeito da atual situação epidemiológica brasileira, principalmente nos possíveis focos de transmissão e disseminação desses vírus, sem que seja descartado a potencial circulação nas regiões estudadas.