Estudo do efeito da vibração no tratamento da disfunção temporomandibular através de um protótipo de placa vibratória oclusal

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Luca, Carlos Eduardo Pitta de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/23/23139/tde-01042011-123435/
Resumo: Este estudo teve como objetivo estudar uma placa oclusalcom estimulação vibratória (POV) de base, para o tratamento da dor crônica miofascial. Foram selecionados 18 pacientes com mialgia crônica facial, de acordo com os Critérios para Diagnóstico em Pesquisa RDC . Os pacientes tinham entre 18 e 65 anos de idade, pertenciam ao sexo feminino e haviam usado placa estebilizadora acrílica por mais de 6 meses, e permaneciam com dor muscular. Foram excluídos pacientes com Disfunção Temporomandibular, que haviam feito uso de analgésicos ou de moduladores de sono, e pacientes desdentados parciais ou totais. A variável analisada foi a dor reportada pelos pacientes, usando a Escala Visual Analógica (EVA) de 100mm, medindo-se antes da instalação da POV, e um mes após o seu uso. Das 18 POV instaladas, 10 apresentaram falhas no mecanismo vibratório. As médias da EVA para os 8 pacientes que utilizaram a POV durante 1 mês foram de 56,62±22.82mm na aferição inicial e média de EVA final de 24,75±20,52mm, com p=0,011. Dos 8 pacientes apenas 4 concordaram com o uso da placa oclusal inativa (POI) por 30 dias, separadas por um período de wash-out de pelo menos 8 meses. Os níveis de dor da escala VAS foram a única variável analisada, e foram registrados antes e após o uso das placas. Foram utilizadas os testes t-teste pareado e ANOVA para medidas repetidas, para se obter os resultados estatísticos. No início do estudo, os níveis médios da VAS de dor antes de se utilizar a placa vibratória de maneira ativa e inativa foram 54,5±19,8 milímetros, e 44,0±13,6 milímetros, respectivamente. A comparação entre esses valores de referência não apresentaram diferença estatística (p> 0,05, teste t pareado). A variação média nos níveis de dor (VAS póspré) ao usar o mesmo tipo de placa, de maneira ativa e inativa foi de -42,0±-30,3 milímetros e 29,5±21,5 milímetros, e o t-teste revelou uma diferença significativa entre os dois grupos (p = 0,07). Foi feitauma nova análise, utilizando-se as mesmas medidas, através da Análise de Variância ANOVA, onde encontrou-se diferença estatisticamente significante (f(3,9)=7.543, p=0.008) antes do uso das placas ativas e das inativas. Entretanto, após o uso da correção com o teste de Bonferroni, foram encontrados resultados condizentes com aqueles obtidos na análise feita pelo programa do teste t. (p>0.05). Pode-se concluir que do uso da vibração como mecanismo de controle da DTM foi eficaz, mas a POV falhou na maioria dos casos devido a problemas mecânicos.