Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Lages, Rafael Bandeira |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5168/tde-02072024-142011/
|
Resumo: |
Introdução: diagnóstico de certeza da doença do refluxo gastroesofágico (DRGE) pode ser desafiador, uma vez que o rendimento dos testes disponíveis não é tão satisfatório. O desenvolvimento de novos dispositivos para avaliar a integridade da mucosa é necessário para a evolução no diagnóstico de DRGE. Quando há dano à mucosa, ocorre dilatação dos espaços intercelulares, com maior concentração iônica e, consequentemente, maior facilidade de condução elétrica. Se a corrente elétrica é conduzida com maior facilidade, há menor impedância (resistência). A elaboração de um método capaz de medir a impedância da mucosa (IM) esofágica permitiria, portanto, inferir a sua integridade e os efeitos da exposição crônica do epitélio ao refluxo. Métodos: Sessenta indivíduos com sintomas típicos de DRGE (pirose e/ou regurgitação) foram submetidos a manometria esofágica de alta resolução, impedâncio-pHmetria de 24 horas (zpH), endoscopia digestiva alta (EDA) e medida de IM. A medida da IM foi realizada a 2, 5, 10 e 18 cm acima da junção esofagogástrica (JEG) durante o exame endoscópico, utilizando-se cateter específico desenvolvido com base em dispositivos descritos na literatura durante a última década. Durante a zpH, foram avaliadas também duas novas métricas que têm ganhado relevância, mas que ainda não foram validadas com o cateter nacional de zpH: a média noturna basal da impedância (MNBI) e o índice de onda peristáltica induzida por deglutição pósrefluxo (índice PSPW). Conforme o tempo de exposição ácida total (AET) em zpH, os participantes foram divididos em grupo A (AET < 4%, diagnóstico de DRGE excluído) e em grupo B (AET 4%, sugere ou confirme diagnóstico de DRGE). Posteriormente, os participantes receberam inibidor de bombas de prótons (IBP) em dose padrão por oito semanas e realizaram nova EDA com medida de IM. Resultados: Os grupos A (n = 28) e B (n = 32) apresentaram distribuição homogênea de características demográficas e clínicas. A IM foi significativamente menor no grupo B nas posições 2 cm (2.264,4 ± 1.099,0 contra 4.575,0 ± 1.407,6 no grupo A; p < 0,001) e 5 cm acima da JEG (4.221,2 ± 2.623,7 contra 5.888,2 ± 2.529,4 no grupo A; p = 0,001). Já nas posições 10 e 18 cm acima da JEG, não houve diferença entre os dois grupos. O valor de IM a 2 cm maior que 2.970 resultou em sensibilidade de 96,4% e especificidade de 87,5% para excluir DRGE. Os valores de IM a 2 e 5 cm aumentaram após oito semanas de IBP, inferindo uma melhora da integridade da mucosa. A MNBI foi significativamente menor no grupo B (3.702,2 ± 2.264,9 contra 5.544,3 ± 2.558,5; p<0,001), assim como o índice PSPW (33,4% ±21,4 contra 59,9% ±16,6; p < 0,001). O ponto de corte para determinar AET 4% foi MNBI abaixo de 3.025 (AUC 0,712), com sensibilidade 89,3% e especificidade 45,2%. Conclusão: A medida direta da IM durante a endoscopia é um método simples e promissor para o diagnóstico de DRGE. Indivíduos com AET anormal apresentam medidas mais baixas de IM. Além disso, as novas variáveis da zpH (índice PSPW e MNBI) apresentam valores significativamente menores em pacientes com AET anormal |