Efeito da relação dietética de calorias glicídicas/lipídicas, sobre o balanço nitrogenado e composição corpórea de atletas culturistas em treinamento

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2000
Autor(a) principal: Netto, Raquel Simões Mendes
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/9/9132/tde-05022020-144840/
Resumo: Com objetivo de avaliar o efeito da relação calorias glicídicas/calorias lipídicas sobre a composição corpórea (muscular/adiposa) e retenção nitrogenada de atletas culturistas, foram estudados 11 indivíduos (18 - 35 anos) do sexo masculino, com mínimo de 2 anos de treinamento, que se voluntariaram para o experimento. Os atletas cumpriram período adaptativo de 30 dias ao protocolo de treinamento para aumento de massa e força musculares e por ocasião do experimento dietético se apresentavam na fase de manutenção do treinamento sob dieta habitual oferecendo 1,7g de proteína/kg/d e 44 kcal/kg/d. Foram formados dois grupos diferenciados por receberem relação calorias glicídicas/calorias lipídicas de valor 4,0 (D1) ou 8,0 (D2) com dietas isoprotéicas (1,5 g/ kg/d) e isoenergéticas (58 kcal/kg/d) oferecidas por períodos subsequentes de 15 dias (delineamento cruzado randomizado). Antes do início do estudo e no último dia de cada período dietético, foram feitas avaliações antropométricas do peso e composição muscular/adiposa, dosagens séricas de proteínas, lipídios e hormônios e estudo do balanço nitrogenado. Ambas as dietas promoveram ganho de peso, massa adiposa e retenção nitrogenada. No entanto, a maior oferta de calorias glicídicas (D2) resultou em ganho de massa muscular (3,0%) com maior retenção nitrogenada (6 vezes) e menor acúmulo adiposo (2 vezes) que D1. Os maiores ganhos de peso e músculo ocorreram nos primeiros 15 dias e o acúmulo adiposo na segunda quinzena de tratamento dietético. A dieta 2 promoveu redução da excreção nitrogenada na urina e dos níveis séricos de uréia e ácido úrico, paralelamente à elevação da glicemia, insulinemia (2 vezes), testosterona livre, e redução dos ácidos graxos livres. Assim, do ponto de vista da maior ganho muscular e retenção nitrogenada a maior oferta de calorias glicídicas foi superior à lipídica provavelmente pelo resultante comportamento anabólico da insulina e da testosterona.