Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2004 |
Autor(a) principal: |
Cunha, Magali do Nascimento |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/27/27134/tde-29062007-153429/
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Resumo: |
Uma análise comunicacional da explosão gospel e sua expressão entre os diferentes segmentos do cenário religioso evangélico contemporâneo no Brasil é o objeto deste trabalho. Inicialmente um movimento musical, o gospel explodiu na última década do século XX entre os evangélicos e deu forma a um modo de vida configurado pela tríade música-consumo e entretenimento. Esse modo de vida se expressa, especialmente, em novas formas de culto religioso e na relativização da ética protestante restritiva de costumes. A referida tríade é caracterizada pelas transformações advindas do reprocessamento das culturas das mídias, urbana e de mercado entre os evangélicos e da busca de superação da crise entre protestantismo e sociedade que tem marcado a história deste segmento no Brasil. Entretanto, a análise embasada nos estudos culturais e nas ciências da religião revelou que esses traços de modernidade da cultura gospel estão entrecruzados com a tradição, com a conservação de traços da identidade protestante no Brasil como o dualismo igreja vs. mundo, o individualismo, o intimismo religioso, o sectarismo, a rejeição da diversidade de manifestações culturais e religiosas, o antiecumenismo e o antiintelectualismo. O estudo sobre este encontro do antigo com o novo, do tradicional com o moderno remete à compreensão da cultura gospel como uma cultura híbrida. Uma estratégia de adaptação à modernidade e suas expressões hegemônicas - seja o pentecostalismo, no campo religioso, ou o capitalismo globalizado no campo sócio-histórico -com a garantia de preservação da expressão cultural religiosa tradicionalista, já conhecida e aprovada no "coração das igrejas". O hibridismo é aqui compreendido como criação estéril, uma modernidade de superfície passível de tensões: o "vinho novo em odres velhos". |