Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Yassumoto, Tamiris Imaeda |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/41/41135/tde-01062018-124533/
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Resumo: |
Nos estudos dos ritmos biológicos de roedores em laboratório, a roda de atividade é comumente utilizada assumindo-se que o horário da atividade em roda represente o horário de atividade do animal na natureza. Entretanto, a atividade de qualquer espécie pode ser diferente em campo e em laboratório, e tampouco se resume à atividade em roda. O tuco-tuco (Ctenomys aff. knighti) é um roedor subterrâneo diurno em campo e noturno em laboratório. Por isso, o nosso primeiro objetivo é verificar quais comportamentos são apresentados pelos tuco-tucos em laboratório, a distribuição desses comportamentos ao longo do dia e qual a contribuição da atividade em roda para o total de sua atividade e ritmicidade. O segundo objetivo é verificar quais os efeitos agudos (mascaramento) que a luz e a escuridão têm sobre a atividade dos tuco-tucos, dado que costumam ter efeitos opostos (exacerbação/inibição) em animais diurnos e noturnos. 18 machos e fêmeas adultos (150-250g) foram mantidos em gaiolas individuais e tiveram sua atividade em roda monitorada por registro automatizado, atividade geral monitorada por sensores de infravermelho e por acelerômetros, temperatura corpórea monitorada por transmissores telemétricos e comportamentos de laboratório registrados por câmeras filmadoras. Eles foram submetidos a um regime de CE 12:12 (C= 100 lux) por sete dias para que seus ritmos se sincronizassem com esse ciclo pelo mecanismo de arrastamento. Depois, receberam um pulso de luz durante a noite e, dois dias depois, um de escuridão durante o dia, para verificar se há efeito de mascaramento de seus comportamentos por luz e escuridão. Cada animal passou por esse mesmo protocolo em três condições: na primeira, sem roda de atividade; na segunda, com roda; na terceira, com roda travada. A maioria dos animais demonstrou pouca ou nenhuma ritmicidade em comportamentos específicos de laboratório que não a atividade em roda, a qual também é o principal componente da atividade geral a sofrer efeitos agudos de pulsos de luz. Um único indivíduo, quando mantido sem roda de atividade, mudou de noturno para diurno. Como a atividade em roda foi o principal comportamento inibido pela luz, cujo efeito foi quase nulo nos demais comportamentos, o mascaramento parece não ser um empecilho para a atividade diurna do tuco-tuco em campo, apesar do mascaramento ser considerado um desafio à inversão de noturnalidade para diurnalidade tanto na escala de vida individual quanto evolutiva |