Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Sudré, Graciano Almeida |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22133/tde-13112023-140625/
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Resumo: |
O modo de produzir o cuidado ocorre na relação entre trabalhador da saúde e a pessoa a ser cuidada, por meio de instrumentos, saberes ou pelas relações estabelecidas no próprio encontro. Nesse processo as distintas formas de produção do cuidado são entendidas à luz da concepção de saúde dos envolvidos na prática cuidativa. No contexto da pessoa com artrite reumatoide a falta de intervenção em momento oportuno pode acarretar em dores, processos inflamatórios, deformidades e incapacidades. Com o objetivo de analisar a produção do cuidado no contexto das pessoas com artrite reumatoide, por meio de uma abordagem qualitativa, foi possível o deslocamento do pesquisador in-mundo para construção de uma pesquisa interferência, apoiado em alguns conceitos da análise institucional. Nesse processo, acompanhado pelo diário de pesquisa, foi possível caminhar pela produção de itinerários terapêuticos de seis mulheres com artrite reumatoide; construir fluxogramas analisadores com trabalhadores dos diferentes serviços, equipes da atenção primária à saúde e do centro de especialidades e apoio diagnóstico do município de Rondonópolis-MT, e experimentar momentos de reflexão com grupos de trabalhadores e gestores do Sistema Único de Saúde. Como resultado a constatação coletiva de um cuidado médico centrado, com todos os seus elementos instituídos (medicalização, fracionamento do individuo, foco na doença), produtor de esperas, filas, restrições no acesso - que não viabiliza a produção de cuidados e sim a produção de atos burocráticos. É urgente, a necessidade de fomentar forças instituintes que permitam o desenvolvimento de intervenções pautadas nas necessidades de saúde, para viabilizar uma produção do cuidado com base no alcance de boas condições de vida; acesso irrestrito às ações e serviços, vínculos com trabalhadores que se responsabilizem pelo cuidado e disparem estímulos de autonomia e autocuidado. Além disso, fomentar a possibilidade de autoanalise e autogestão para que, grupos de gestores e trabalhadores, imergidos em processos reflexivos consigam repensar as ações e desenvolver estratégias instituintes para reorganizar a centralidade do cuidado para pessoa a ser cuidada. Como pistas para novas interferências: a queixa de dor não pode ser banalizada, é necessário resgatar as ações de matriciamento e investir em protocolos que definam as responsabilidades, em especial, na garantia do acesso e do cuidado longitudinal. |