A formação cidadã nas aulas de filosofia: uma abordagem wittgensteiniana de ensino

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Duarte, Bruna Maria Lemes
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48135/tde-07022024-123002/
Resumo: O presente trabalho tem início a partir da descrição de algumas inquietações que tive enquanto professora. A intenção da pesquisa é destacar como o ensino de filosofia é significativo na formação pessoal do aluno enquanto cidadão. Para tanto, me debrucei no tratamento dos usos dos conceitos de cidadania encontrados no Currículo de Ciências Humanas, assim como nos materiais distribuídos pelo Estado de São Paulo entre os anos 2008 a 2017, denominado São Paulo Faz Escola. A escolha de um material já datado se deu a partir do seguinte pressuposto: as atuais propostas curriculares nacionais seguem a pedagogia das competências e o Estado de São Paulo foi um dos pioneiros em sua implementação, abrindo espaço para que outros currículos e documentos norteadores, como a BNCC (2018), reiterassem esta opção pedagógica. Nossa hipótese é a de que a formação para a cidadania transcende o desenvolvimento de supostas habilidades e competências. Para discutir a hipótese recorremos ao método filosófico de Wittgenstein, denominado terapia wittgensteiniana, como também serão consideradas pesquisas já desenvolvidas por parte de membros do grupo de estudos Filosofia, Educação, Linguagem e Pragmática (FELP), tendo em vista uma crítica à pedagogia das competências proposta nos cadernos SPFE para o ensino de filosofia. Também recorremos à concepção de linguagem da segunda fase do pensamento do filósofo, marcada por sua obra Investigações Filosóficas, na qual o autor descreve a multiplicidade das formas linguísticas, resultando em uma concepção de linguagem que torna possível outros modos de se ver o conceito de cidadania no contexto das aulas de filosofia, a saber, como transmissão de valores e de formação ética.