Comportamento do 14C-propisochlor no solo e eficácia no controle de plantas daninhas em função da adição de palhada

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Pereira, Natalia Salmazo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/64/64135/tde-06092022-091102/
Resumo: O comportamento de um herbicida no solo regula sua eficiência no controle das plantas daninhas e o destino final do produto no ambiente. A manutenção da palhada sobre a superfície do solo pode dificultar o desempenho dos herbicidas, impedindo que este seja lixiviado para o banco de sementes. O propisichlor é um herbicida em fase de registro no Brasil para aplicação pré-emergente em grandes culturas. O objetivo deste trabalho foi avaliar o comportamento ambiental do propisochlor em função da adição de diferentes quantidades de palhada de soja e cana-de-açúcar. Foram realizados estudos de lixiviação em colunas de vidro e sorção e dessorção por meio do método de equilíbrio em lotes com 14C-propisochlor, além da verificação da eficácia agronômica da planta daninha P. maximum e D. insularis com o produto comercial Proponit 720 EC. Os três estudos utilizaram os mesmos tratamentos, sendo eles: 5, 10 e 20 t ha-1 de palhada de cana-de-açúcar e 2,5, 5 e 10 t ha-1 de palhada de soja. A adição de palha de cana-de-açúcar e de soja na superfície do solo reteve quantidades significativas de 14C-propisochlor, de 40% a 80%, mesmo após a simulação de uma situação extrema de precipitação. A massa de palhada adicionada à superfície do solo foi diretamente proporcional a quantidade de produto acumulada nos resíduos vegetais. A mesma tendência foi verificada na sorção do produto, o valor do coeficiente de sorção (Kd) variou entre 3,39 (± 0,06) e 4,28 (± 0,06) L kg-1 e a porcentagem sorvida variou entre 40,30% (± 0,45) a 46,03% (± 0,38). A eficácia do propisochlor no controle da planta daninha D. insularis foi significativa (97% a 100%). Por outro lado, o controle da germinação de P. maximum não foi significante. Em contrapartida, a simples presença da palha de cana-de-açúcar apresentou um controle expressivo, porém não suficiente, do P. maximum. Em condições de campo esta situação demandaria um controle complementar desta planta daninha