Diversidade funcional de opiliões (Arachnida): as cavernas do quadrilátero ferrífero de Minas Gerais (sudeste do Brasil) representam filtros ambientais para o grupo?

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Borges, Cristina Machado
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/59/59139/tde-23062021-152836/
Resumo: As cavernas presentes em litologias ferruginosas são pequenas quando comparadas com as encontradas em litologias areníticas, e calcárias, por exemplo, sendo consideradas ambientes únicos e importantes em termos mundiais. Tais ambientes sofrem grandes ameaças, em especial devido à atividade de mineração. Um dos grupos taxonômicos frequentemente amostrados nesses ambientes são os aracnídeos da ordem Opiliones. Estes animais são geralmente higrófilos e podem ser encontrados também em florestas úmidas do entorno das cavidades. Os ambientes epígeo e hipógeo apresentam diferenças marcantes entre si e, por tal motivo, representam ambientes para testar modelos ecológicos interessantes. Através da aplicação do método de diversidade funcional é possível agrupar espécies segundo seus traços funcionais, independentemente de sua classificação taxonômica e/ou filogenia. As regiões escolhidas são o Monumento Natural Estadual da Serra da Piedade, em Caeté e o Parque Municipal das Mangabeiras, em Belo Horizonte. A diversidade funcional FD foi maior nos ambientes epígeos, embora com uma diferença pequena, ao testarmos cavernas em fitofisionomias de mata atlântica e campos rupestres. Quando consideramos apenas as cavernas em campos rupestres ferruginosos a FD hipógea foi maior. As cavidades, em especial nos campos rupestres avaliados, não foram filtros ambientais para os opiliões, e sim, refúgios, sendo a conservação da integridade destas importante para a conservação do grupo estudado.