Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Ferreira, Ana Flavia Fernandes |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/42/42137/tde-23122020-200354/
|
Resumo: |
A doença de Parkinson (DP) é a segunda doença neurodegenerativa mais comum entre os idosos. É caracterizada pela perda progressiva de neurônios dopaminérgicos na substância negra pars compacta (SNc) e diminuição de dopamina em áreas de projeção, como o estriado (CPu). Estudos recentes têm demonstrado a presença de alterações mitocondriais, tanto em modelos animais quanto em pacientes com DP. As alterações envolvem redução da atividade e da quantidade dos complexos respiratórios e a diminuição dos níveis de fatores transcricionais, como PGC-1α, NRF-1 e TFAM, responsáveis pela biogênese mitocondrial. Por outro lado, o exercício físico tem se mostrado uma ferramenta importante tanto por atuar na melhora dos sintomas parkinsonianos como por reduzir o risco do desencadeamento da doença. Além disso, diversos estudos em outros modelos apontam seu efeito benéfico ao estimular a biogênese e função mitocondrial. Porém, a relação entre exercício físico e alterações mitocondriais na DP não estão bem estabelecidas, e não se sabe qual a duração necessária de treinamento físico para o surgimento dos efeitos benéficos. Assim, o objetivo desse trabalho foi avaliar o efeito do exercício em esteira, em diferentes durações, sobre a expressão de proteínas mitocondriais envolvidas na biogênese (PGC-1α, NRF-1, TFAM) e na função mitocondrial através da avaliação do sistema de fosforilação oxidativa (OXPHOS). Para tal, ratos Wistar machos foram submetidos à cirurgia estereotáxica com microinfusão de 6-OHDA e ao protocolo de exercício em esteira (40 minutos, 10 m/min, 3x/semana, em dias alternados) por uma ou quatro semanas. Após o término do protocolo de exercício, foram realizados os testes comportamentais (teste de rotação por apomorfina e de marcha). Os níveis de proteínas na SNc e CPu foram mensurados por imuno-histoquímica e immunoblotting. A função da atividade dos complexos mitocondriais foi avaliada pelo ensaio da atividade enzimática da cadeia transportadora de elétrons. Os resultados indicaram uma alteração comportamental motora dos ratos injetados com 6-OHDA, que foi revertida após quatro semanas de treinamento, assim como uma melhora do sistema dopaminérgico. Com relação a mitocôndria, foram encontrados diferenças apenas na SNc. Os benefícios do exercício parecem ocorrer de maneira progressiva ao proteger contra a redução de PGC-1α e NRF-1 após uma semana de treinamento, e impedir o comprometimento da expressão de PGC-1α, NRF-1, TFAM e do complexo I, além de sua atividade, após quatro semanas de exercício em esteira. Assim, esse estudo demonstra o provável envolvimento da biogênese e função mitocondrial entre os mecanismos pelo qual o exercício físico intermitente em esteira é capaz de promover uma neuroproteção na DP, mesmo em fases iniciais do treinamento físico. |