Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2008 |
Autor(a) principal: |
Silveira, Renata Cristina da Penha |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/83/83131/tde-09102008-145257/
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Resumo: |
No Brasil, há um importante número de crianças e adolescentes provenientes de famílias carentes que estudam e trabalham para compor a renda familiar. O principal objetivo deste estudo foi Identificar as repercussões do trabalho no aproveitamento escolar de crianças e adolescentes. Método: Estudo não-experimental, correlacional e de delineamento transversal, realizado com 133 alunos do ensino fundamental matriculados na 5ª até a 8ª séries em escolas da rede municipal de Ribeirão Preto (SP). Foi elaborado um questionário com perguntas que abordavam as características sociodemográficas dos estudantes em relação ao sexo, idade, cor, procedência e naturalidade, freqüência escolar, caracterização do trabalho desenvolvido dentro/fora de casa, remuneração, período de tempo que desenvolve o trabalho, existência de trabalho anterior; conseqüências do trabalho, afastamentos na escola, perda de dias de aula, reprovação e/ou progressão para a série escolar seguinte, aproveitamento escolar das crianças e adolescentes que trabalhavam fora de casa comparando-se com as que não trabalham. O questionário foi previamente testado e posteriormente aplicado aos alunos. Para a análise dos dados foi utilizado Statistical Package of Social Sciences, versão 14.0. Resultados: Dos 133 sujeitos investigados a maioria (63,2%) era do sexo feminino; 83,9% possuíam pais casados ou que moravam com companheiros; residiam em casa própria (74,2%) e com seus irmãos (95,5%). Dos 36 (27,7%) que informaram estudar e trabalhar fora de casa, a idade mínima de início no trabalho variou de seis anos de idade até 15 anos, porém, o maior número de sujeitos (20,6%) iniciou as atividades aos onze e treze anos de idade (20,6%), o salário recebido pelo seu trabalho foi, em média, U$ 61,2; os motivos alegados para trabalhar foram: compor a renda familiar (33%), ganhar dinheiro (11,1%), gostar de trabalhar (5,5%) e 88,9% ajudavam os pais em casa após o trabalho e 38,9% informaram já terem repetido o ano. Houve associação com o trabalho fora realizado pela criança/adolescente, ou seja, a chance dele repetir o ano trabalhando fora é de 260% maior do que a chance daqueles que não trabalhavam fora de casa (p=0,000). Evidenciou-se que muitos fatores contribuem para a inserção precoce destes sujeitos no mercado de trabalho, como o tamanho, a estrutura da família e a pobreza. Quanto mais a criança e o adolescente são absorvidos pelo trabalho, maior é a possibilidade de terem um aproveitamento escolar insatisfatório e abandonarem os estudos e, conseqüentemente, permanecerem com condições sócio-econômicas inferiores |