Suplementação com L-glutamina livre ou como dipeptideo atenua marcadores de resistência à insulina e esteatose hepática em camundongos ob/ob.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Leite, Jaqueline Santos Moreira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/42/42137/tde-15102021-212914/
Resumo: Introdução: A obesidade é hoje um problema de saúde pública global. As alterações ocorridas com o desenvolvimento da obesidade levam à resistência periférica à insulina e consequentemente ao desequilíbrio do metabolismo da glicose, dando lugar, entre outras morbidades, à esteatose hepática. Paralelamente, indivíduos obesos e/ou diabéticos também podem apresentar redução do aminoácido mais abundante do organismo, a glutamina, podendo comprometer tanto a secreção quanto a ação da insulina nos tecidos periféricos. Objetivo:. Avaliar os efeitos da suplementação oral crônica com L-glutamina livre e na forma de dipeptídeo (L-alanil-L-glutamina) sobre a resistencia à insulina em camungos Ob/Ob. Métodos: Camundongos da linhagem C57/BL6 adultos foram distribuídos em 5 grupos experimentais: WT (C57BL6, selvagem recebendo água), CTRL-Ob/Ob (Ob/Ob C57BL6, recebendo água), DIP (Ob/Ob C57BL6, suplementado com L-alanil-L-glutamina), GLN (Ob/Ob C57BL6, suplementado com L-glutamina livre) e ALA (Ob/Ob C57BL6, suplementado com L-alanina livre). O período de suplementação foi de 40 dias com solução contendo os suplementos a 4% na água de beber. Durante o experimento foram avaliados: a ingestão hídrica, o consumo de ração, o ganho de peso e efetuados o teste de tolerância à glicose (GTT) e à insulina (ITT). Após a eutanásia foram avaliadas as concentrações de insulina, triglicerídeos, colesterol total, concentração de glutamina e glutamato plasmáticos. No fígado e músculo esquelético foram avaliadas as concentrações de GSH, GSSG, TBARS, HSP-70 e AKTp308 Também foram determinadas a expressão gênica de enzimas do metabolismo lipídico no fígado e antioxidante e inflamátorio no fígado e músculo. As diferenças estatísticas foram obtidas utilizando o teste de ANOVA One Way, com nível de significância de 5%. Resultados: Os resultados obtidos demonstraram que a suplementação com L-glutamina livre ou na forma de dipeptídeo aumentou os estoques da glutamina corporal e reduziu a resistência à insulina em camundongos Ob/Ob obesos e diabéticos. Estes efeitos são atribuídos ao aumento da capacidade antioxidante mediada pela GSH e NRF-2 , pela citoproteção via HSP-70 e SIRT-1 e pela menor ativação de NFκ-B. Além disso, a suplementação com L-glutamina e L-alanina reduziram os triglicerídeos no plasma e no fígado via redução da expressão SRBP1-c e as enzimas ACC e DGAT, além de reduzirem a secreção de insulina estimulada por alta concentração de glicose (16,7mM).