Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2007 |
Autor(a) principal: |
Assalim, Clarice |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8142/tde-14112007-143303/
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Resumo: |
Esta tese tem por objetivos apresentar a edição criteriosa de manuscritos brasileiros seiscentistas; mostrar tendências gramaticais do português do século XVII, com base nesses manuscritos e em impressos coetâneos; analisar a retenção gráfica desses textos, muito mais próxima da escrita fonética do que da etimológica e, ainda, analisar o uso freqüente das conjunções coordenativas. A preocupação com o estado da língua portuguesa no século XVII justifica-se pela pouca quantidade de estudos voltados especificamente a esse período, através de fontes primárias, e por ser este um período em que a escrita, baseada de modo geral nos textos literários, é considerada pelos lingüistas de modo geral como pseudo-etimológica, contrariando fatos apresentados nas cartas e textos notariais seiscentistas. Os passos seguidos para a análise partiram da edição criteriosa de manuscritos seiscentistas brasileiros, da comparação com impressos e com gramáticas e tratados de ortografia de mesma época e do confronto com o que dizem os atuais especialistas em lingüística diacrônica. Os resultados obtidos permitemnos afirmar que a ortografia portuguesa do século XVII e o uso dos nexos de coordenação apresentam fortes características do português medieval, contrariando o que se pregava na época, em função da revolução filosófica desencadeada pelo Renascimento. Tal conclusão, a nosso ver, deve-se, especialmente, ao fato de a educação em Portugal, e conseqüentemente no Brasil, estar nas mãos da Companhia de Jesus, defensora da filosofia escolástica e opositora, portanto, ao pensamento racional e cartesiano dos países reformados, o que manteve Portugal afastado das grandes correntes filosóficas do século em questão. |