| Resumo: |
Durante os séculos XVIII e XIX ocorreram mudanças significativas na Europa que influenciaram a maneira de pensar e agir da sociedade no ocidente. Na área musical, percebe-se que tanto o modelo de ensino conservatorial como o modo que o intérprete é desvalorizado no período romântico, colocou o músico numa situação apenas de reprodutor, sem voz, sem escolha, numa ação totalmente passiva. Se observarmos na área educacional esses elementos de subordinação e submissão também estão presentes devido aos paradigmas tradicionais de ensino, educando os alunos de maneira acrítica. Trazendo para o Brasil, observamos na história como o processo de colonialidade prejudicou nossas relações e a maneira de se relacionar com o mundo devido a imposição cultural eurocêntrica. Em contraponto, sabemos que arte é movimento e que os seus processos geram reflexões que resultam na autonomia, protagonismo, liberdade, ação, criação, decisões, mas infelizmente, a tradição impõe alguns limites por não dialogar com os elementos artísticos e com a contemporaneidade na qual fazemos parte. Esta pesquisa tem como objetivo criar diálogos entre a tradição e a contemporaneidade na busca por caminhos de ensino e performance musical da clarineta. O campo de pesquisa será a classe de clarineta da USP (2017-2020) e as abordagens pedagógicas utilizadas pelo Prof. Luís Afonso Montanha. Este trabalho é uma pesquisa artística, por isso a criação da produção audiovisual Espaços Expandidos, que tem como intento criar uma interação entre as artes por meio de uma produção audiovisual e musical, e que dialogue com a realidade atual, pandemia COVID-19. |
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