Utilização de bioensaios ecotoxicológicos com Danio rerio (Cypriniformes, Cyprinidae) e análises limnológicas para a avaliação ambiental dos reservatórios do médio e baixo rio Tietê (SP)

• Ano de defesa: 2001
• Autor(a) principal: Fracácio, Renata
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
• Palavras-chave em Português: Limnologia; Limnology; Reservatórios; Reservoirs; Rio Tietê; Sediment; Sedimento; Tietê river; Toxicidade; Toxicity
• Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/18/18139/tde-25012017-155146/

Os reservatórios de água são sistemas artificiais rasos destinados à múltiplos usos. Estes usos associados as atividades desenvolvidas na bacia hidrográfica acarretam impactos nos corpos d\'água, principalmente nos sedimentos, os quais representam um depósito e também uma fonte de contaminantes sobre determinadas condições ambientais. O tipo de construção dos reservatórios é bastante relevante no contexto de poluição e contaminação. Teoricamente os reservatórios construídos em cascata tendem a apresentar uma melhora na qualidade das águas e sedimentos ao longo da construção, pois o reservatório acima retém parte dos poluentes e contaminantes que entrariam no reservatório subsequente. Para avaliar a qualidade dos seis reservatórios construídos em cascata no rio Tietê (SP), foram realizadas quatro coletas (outubro/99, fevereiro/00, maio/00 e julho/00) nas quais foram amostradas água e sedimento para realização de análises físicas, química , biológica e ecotoxicológica, em 15 pontos deste sistema. Os resultados em geral demonstraram uma melhoria nas condições físicas e químicas da água, sedimento e da toxicidade (% de mortalidade) nos últimos reservatórios (Nova Avanhandava e Três Irmãos), sendo que os rios Piracicaba e Tietê apresentaram as piores condições ambientais. A toxicidade variou com o período de coleta, sendo que as maiores porcentagens de mortalidade ocorreram em outubro/99 e as menores em maio/00. As análises histológicas realizadas com organismos expostos aos sedimentos coletados em fevereiro, confirmaram alterações branquiais de primeiro grau em sete dias de exposição. As análises químicas das águas extraídas dos bioensaios em maio/00 também demonstraram a presença de nutrientes e metais em concentrações elevadas, confirmando então a importância dos sedimentos como liberadores de poluentes para a coluna de água, prejudicando os organismos de coluna de água.