Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2005 |
Autor(a) principal: |
Vasconcellos, Leda Raquel |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47132/tde-03012024-175050/
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Resumo: |
Foram realizados dois experimentos. O Experimento 1 teve como objetivo determinar a incidência de timidez e avaliar o peso que as pessoas atribuem ao medo de falar em público em relação a outros tipos de medos. O Experimento 2 teve como objetivo comparar os comportamentos relacionais e comunicacionais entre pessoas com alta e baixa timidez em um contexto organizacional. No Experimento 1, 120 adultos, de ambos os gêneros, das cidades de Campinas e São Paulo, avaliaram o grau de medo que sentiam em relação a 12 itens, tais como violência, falar em público, desemprego, doença e outros, de acordo com uma escala de 1 a 7. Foi encontrado que a incidência de tímidos na amostra foi de 57%, com proporção superior para homens em comparação com as mulheres. O maior medo da população em geral foi o da violência, seguido do medo de falar em público e, o maior medo das pessoas tímidas foi o de falar em público. No Experimento 2, 105 funcionários de uma empresa de médio porte da cidade de Campinas preencheram um questionário para avaliação do grau de timidez. O teste de timidez revelou que a média dos escores dos participantes foi 27,5 e não diferiu entre os gêneros. De acordo com esses escores, dividimos os participantes em três grupos: alta, intermediária e baixa timidez. Foram observadas as diferenças nos comportamentos relacionais e comunicacionais entre participantes com alta e baixa timidez. Além disso, juizes cegos fizeram um julgamento da impressão global da comunicação desses participantes, que foram gravados em áudio e vídeo. Foi encontrado que tanto participantes com alta como com baixa timidez atribuíram-se escores mais altos no item \"Sinto-me tenso para falar em público\", corroborando os dados do Experimento 1. A análise do questionário mostrou que participantes com alta timidez buscaram menos ajuda para melhorar sua comunicação, falaram menos em público e em durante reuniões, raramente opuseram-se a superiores e ganhavam salários mais baixos em comparação com os participantes com baixa timidez. A avaliação vocal acústica não revelou diferença entre os dois grupos. A avaliação vocal perceptivo-auditiva revelou que participantes com alta timidez falaram com um volume de voz mais baixo que os de baixa timidez. Em relação à análise dos comportamentos não-verbais encontramos que participantes com alta timidez realizaram mais gestos abaixo da linha da cintura e usaram mais expressões faciais de dúvida durante sua fala em comparação com participantes com baixa timidez. Mulheres com alta timidez desviaram o olhar com mais freqüência do que mulheres com baixa timidez. Mulheres usaram mais expressões faciais de tristeza e dúvida e realizaram mais ilustradores faciais durante sua comunicação em comparação com os homens. Os participantes com alta timidez foram avaliados pelos juizes como menos dominantes, menos seguros, menos extrovertidos e menos desinibidos em comparação com os participantes com baixa timidez. Com esses dois experimentos foi possível verificar que a timidez tem uma relação direta nos comportamentos relacionais e no padrão de comunicação e tem um impacto importante no julgamento dos interlocutores |