Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Campos, Carolina de Paula |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/76/76132/tde-16102019-114546/
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Resumo: |
O câncer de mama é a segunda maior causa de morte em mulheres em todo o mundo. Nas últimas décadas, a terapia fotodinâmica (TFD) tem sido investigada em estudos clínicos como uma alternativa minimamente invasiva para recidivas em pele na parede torácica após mastectomia. Para entender os efeitos da TFD em tumores sólidos, estudos in vitro em modelos que mimetizem a morfologia e ambiente natural de ocorrência do tumor são essenciais. Nesse contexto, existem modelos de cultura tridimensional (3D), como o método de levitação magnética (MLM) que permite a formação de esferoides da ordem de milímetros em poucos dias. Os objetivos deste trabalho foram caracterizar o crescimento dos tumores no MLM com MCF-7, uma linhagem de células de câncer de mama, investigar citotoxicidade e distribuição dos fotossensibilizadores (FS) nesse modelo, avaliar os efeitos da TFD nas culturas 3D milimétricas in vitro e em modelo de membrana corioalantóica (CAM). A protoporfirina IX (PpIX) e um derivado de clorina e6 (PDZ) foram utilizados nas investigações de citotoxicidade e distribuição. Os protocolos de TFD foram realizados com PDZ ativado por baixas fluências de luz (1, 3 e 4 J/cm2), para obtenção de tumor remanescente, entregues por uma fonte de luz emitindo em 660 nm. Nossos resultados mostraram que com o MLM foi possível gerar tumores do tamanho de interesse (2,39 ± 0,04 mm de diâmetro aparente médio) e foi observado que a PpIX não foi distribuída por todo tumor nos parâmetros analisados. Já o PDZ se distribuiu homogeneamente por todo tumor na concentração de 100 μg/mL e com 50 μg/mL foi possível reproduzir uma distribuição heterogênea do FS como ocorre in vivo. Protocolos de TFD com baixa fluência de luz foram padronizados para gerar baixa taxa de morte e destruição parcial dos tumores. Nos protocolos de uma sessão de 3 J/cm2 e 3 sessões de 1 J/cm2, a microspectroscopia Raman identificou sinais de apoptose a curto prazo e dano na matriz extracelular a longo prazo. Nossos resultados demonstraram possíveis efeitos da TFD em tumores sólidos quando há presença de tumor remanescente. Acreditamos que esses resultados podem auxiliar futuros estudos referentes à resistência de tumores à TFD, aumento de agressividade e metástase. Os testes em CAM foram inconclusivos, mas sugerem a possibilidade de interação do tumor com a membrana. |