Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Peixoto, Tamy Midori Banin |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/60/60138/tde-02052016-144520/
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Resumo: |
Os nitrocomplexos de rutênio são estudados como agentes doadores de óxido nítrico (NO). Estes são atraentes como potenciais agentes terapêuticos porque apresentam baixa citotoxicidade, que pode ser decorrente da semelhança entre rutênio e ferro. Vários compostos de rutênio foram sintetizados em nosso laboratório, mas o complexo cis-[Ru(bpy)2(py)NO2] (PF6), (RuBPY) parece ser o mais promissor. Muitos doadores de NO tem como principal limitação clínica o desenvolvimento de tolerância, caracterizada pela perda rápida de seus efeitos anti-isquêmicos e hemodinâmicos. Os mecanismos e causas que levam à tolerância ainda são pouco conhecidos. Porém, acredita-se que a tolerância seja um processo multifatorial que envolva aumento da produção de espécies reativas de oxigênio (ERO), diminuição da atividade da enzima guanilil ciclase solúvel (GCs) e aumento da expressão e atividade das enzimas fosfodiesterases. O presente trabalho teve por objetivos avaliar se os compostos RuBPY e NaNO2, em diferentes concentrações e tempos de incubação, desencadeiam auto tolerância e tolerância cruzada à nitroglicerina (NTG). Além disso, avaliar se os receptores TRPV1 participam do relaxamento induzido pelo RuBPY, se o RuBPY libera NO ou nitrito e se é capaz de inibir a agregação plaquetária. O RuBPY e o NaNO2 são capazes de promover relaxamento total, de maneira dependente de concentração, em aortas com e sem endotélio, contraídas com fenilefrina. Estes resultados demonstram que o efeito vasodilatador destes compostos é independente do endotélio. Porém, o RuBPY é mais potente que o NaNO2. O RuBPY é capaz de induzir auto tolerância em aortas sem endotélio pré-expostas por 5 ou 10 min ao RuBPY e em aortas com endotélio, pré-expostas por 45 min ao RuBPY. A pré-exposição por 30 min ou 45 min ao RuBPY potencializa o seu efeito vasodilatador em aortas sem endotélio e com endotélio, respectivamente. A potencialização da resposta relaxante independe da ativação da GCs, mas pode estar relacionada ao aumento da liberação de NO em células do músculo liso vascular e aumento na fosforilação do resíduo de Thr495 da eNOS. O NaNO2 também induz o processo de auto tolerância em aortas sem endotélio, pela pré-exposição ao NaNO2 por 5 min ou 30 min. Não há indução de tolerância cruzada entre nitroglicerina e RuBPY. Neste trabalho demonstramos também que o novo complexo de rutênio RuBPY é um gerador de NO, e não de nitrito, capaz de inibir a agregação plaquetária. Os receptores TRPV1 não participam do relaxamento desencadeado pelo RuBPY. Um achado importante deste trabalho foi o efeito potencializador da vasodilatação induzida pelo RuBPY promovida pela sua pré-exposição. Este efeito poderia ser benéfico, considerando um potencial uso terapêutico deste composto gerador de NO |