A extensão universitária como ação e saúde para pertencer: o Projeto Bandeira Científica via narrativas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Aun, Heloisa Antonelli
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47131/tde-28112019-170639/
Resumo: Tendo como fio condutor a fenomenologia existencial, o estudo recorre a autores da filosofia à literatura, propondo uma reflexão acerca da ação da extensão universitária na formação profissional do aluno. Como locus, está o Projeto Bandeira Científica, utilizado como pretexto para discussão sobre a formação e aprendizagem, ação e promoção de saúde. Para isso, retoma-se breve história do projeto desde seu início. Tal cenário é possível, pois o projeto é organizado e construído por alunos de graduação de diversas áreas da saúde para intervenção em municípios brasileiros. Foram realizadas entrevistas com seis ex-alunos do projeto Bandeira Científica, de áreas da saúde diversas, no intuito de refletir como o espaço interdisciplinar pode encaminhar a formação profissional do aluno. Deste modo, embora curto no tempo, o projeto revelou uma intensidade significativa, inclusive nas relações que dele surgem, em meio ao cansaço e às expectativas dos protagonistas. Através das narrativas, deu-se a ver que uma ação universitária aberta às questões do mundo, num contexto histórico, social e político, e à construção de novos conhecimentos e metodologias para a comunidade, propõe um vir-a-ser profissional imerso no encontro com o outro, no diálogo e na ação, criando possibilidades para cuidar do outro e de si mesmo. No construir em conjunto com outras disciplinas, o aluno diz poder se reconhecer no próprio agir e dizer da profissão: modo outro de aprendizagem, distante dos clássicos modos formativos. Olhar a promoção de saúde, pelo caminho da experiência com e entre outros, possibilitou reflexões sobre temáticas que envolvem a atenção à saúde para a coconstrução de uma forma de clinicar, como: corpo, vida, história, desejo e decisões. Por fim, a Bandeira Científica, sendo comunidade em comunidade, mostra que a extensão universitária pode ir além da formação. Por sua intensidade e proximidade, ela exige presença e pertencimento. Foram espaços compartilhados que, na con-vocação para participar, dividir, vincular e criar, fortalecem o encontrar-se do aluno como projeto de si