Comunicação acústica do lobo-guará: evidências de discriminação individual via playback de aulidos 

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Balieiro, Flora Silveira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/59/59134/tde-11052016-161038/
Resumo: O canal acústico é um sistema de sinalização de longo alcance eficiente que pode ser especialmente efetivo para animais com hábitos crepusculares/noturnos. O lobo-guará é um canídeo ameaçado com hábitos crepusculares/noturnos que, no senso comum, é visto como uma espécie solitária. De fato, seria melhor definida como uma espécie gregária, uma vez que macho e fêmea dividem o mesmo território e a distância espacial entre eles varia de acordo com o período reprodutivo da fêmea. O aulido do lobo-guará é uma vocalização de longa distância que funciona como um mecanismo para aumentar a distância espacial entre coespecíficos, bem como para permitir casais de encontrarem um ao outro. Variações individuais nesta vocalização foram relatadas, mas a possibilidade de que elas possam ser percebidas e usadas pela espécie nunca foi testada. Deve-se esperar que essas variações individuais possam ser percebida, pois somente neste cenário seria plausível para o aulido ter a dupla função mencionada acima. Se esta variabilidade individual não é percebida pelos coespecíficos, a eficiência desta vocalização a longas distâncias seria comprometida, já que o ouvinte não seria capaz de identificar se o remetente é o seu parceiro reprodutivo ou um possível rival. Em nosso estudo usamos playbacks para testar se essas variações individuais podem ser percebidas por lobos em cativeiro e concluimos que eles podem. Pelo que conhecemos, esta é a primeira vez se demonstra que o lobo-guará é capaz de discriminar entre aulidos emitidos por diferentes indivíduos