Estudo longitudinal da via auditiva periférica e central em indivíduos com leucemia linfóide aguda

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Vosgrau, Jéssica Sales
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5170/tde-30052023-154653/
Resumo: INTRODUÇÃO: A Leucemia Linfoide Aguda (LLA) é uma neoplasia maligna e o tipo mais comum de câncer infantil. Dentre os medicamentos utilizados, alguns são considerados ototóxicos e/ou neurotóxicos, que podem provocar alterações auditivas, do órgão vestibular da orelha interna e comprometer a via auditiva até o sistema nervoso central. OBJETIVO: Caracterizar a via auditiva periférica e central em indivíduos com LLA e comparar os resultados das avaliações antes e durante o tratamento quimioterápico. MÉTODO: Participaram do estudo 17 sujeitos com LLA, em tratamento no Instituto de Tratamento do Câncer Infantil (ITACI), sete do gênero masculino e 10 do gênero feminino, divididos em duas faixas etárias, 3 a 6 anos e 7 a 16 anos. Após a assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE), foram submetidos à: avaliação audiológica periférica por meio da Audiometria Tonal Liminar (ATL), Logoaudiometria, Medidas de Imitância Acústica (MIA) e Audiometria de Altas Frequências (AAF); avaliação audiológica central por meio do Potencial Evocado Auditivo de Tronco Encefálico (PEATE) e do Potencial Evocado Auditivo de Longa Latência (PEALL). RESULTADOS: Na ATL nenhum dos participantes apresentaram resultados alterados. Com relação à timpanometria, na faixa etária de 3 a 6 anos 18,18% tiveram resultados alterados na segunda avaliação, sendo que o tipo C foi o mais frequente (100% à direita e à esquerda). Na pesquisa dos reflexos acústicos, um indivíduo de cada faixa etária apresentou reflexo acústico ipsilateral ausente. Na AAF, um indivíduo (16,67%) obteve resultado alterado. Em relação ao PEATE, na faixa etária de 3 a 6 anos, observou-se alteração em 45,45% dos indivíduos na primeira avaliação, e 63,64% dos indivíduos na segunda avaliação. Para a faixa etária de 7 a 16 anos, observou-se alteração em 33,33% dos indivíduos na primeira avaliação, e 16,67% dos indivíduos na segunda avaliação. Quanto ao PEALL, o grupo mais acometido foi a faixa etária de 3 a 6 anos, com aumento de latência do componente P1 em 45,45% dos indivíduos na primeira avaliação, e 70% dos indivíduos na segunda avaliação. CONCLUSÃO: Neste estudo, na avaliação audiológica comportamental não foi identificada perda auditiva em indivíduos com LLA. No PEATE, a faixa etária mais acometida por alterações foi a de indivíduos de 3 a 6 anos, com maior comprometimento da via auditiva em tronco encefálico baixo, tanto na primeira quanto na segunda avaliação. No PEALL, o componente P1 foi o que mais apresentou comprometimento para a faixa etária de 3 a 6 anos, e os componentes P2 e N2 foram os que mais apresentaram comprometimento para a faixa etária de 7 a 16 anos, principalmente na segunda avaliação