Mulheres no pódio: as histórias de vida das primeiras medalhistas olímpicas brasileiras

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Nascimento, Paulo Henrique do
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48134/tde-12062012-144401/
Resumo: Esta dissertação reúne seis histórias de vida das vinte e oito mulheres que conquistaram medalhas nos Jogos Olímpicos de Atlanta, sendo duas atletas de cada uma das três modalidades que garantiram medalhas para o Brasil: basquete, vôlei e vôlei de praia. Os Jogos Olímpicos da Era Moderna são dos fenômenos socioculturais globais de maior repercussão na contemporaneidade, dentre os que almejam tal posto. O Olimpismo idealizado por Pierre de Coubertin conferiu aos Jogos a condição de principal meio de divulgação desse ideal. Sua primeira edição, em 1896, foi o marco inaugural desse ideal. As mulheres, de início, foram excluídas dessa comunidade, e a participação desse grupo oscilou ao longo da história dos Jogos Olímpicos. No que tange à participação brasileira, a primeira delegação brasileira em Jogos foi exclusivamente masculina, em 1920. A estreia feminina, solitária, deu-se em 1932. Isso não representou, contudo, uma disseminação massificada da prática esportiva feminina no Brasil. As primeiras medalhas olímpicas conquistadas por brasileiras datam de 1996. Esse interregno de sessenta e quatro anos é indício dos percalços enfrentados por brasileiras envolvidas com a prática do esporte. A partir de uma indagação do por quê desse intervalo de mais de seis décadas que separam a debutante das medalhistas, este trabalho é produto de uma pesquisa sobre a percepção que as primeiras medalhistas olímpicas brasileiras têm de seu feito paradigmático. As fontes desta pesquisa foram as histórias de vida de seis das pioneiras na conquista de medalhas olímpicas para o Brasil, que alcançam um campo para além das oficialidades, das quais as atletas brasileiras foram excluídas ao longo de anos. Dois pontos são destaque aqui para se analisar as especificidades do esporte olímpico brasileiro. Um, os impedimentos legais da prática de algumas modalidades que foi imposto para as mulheres; o outro, a constatação de que a profissionalização das modalidades femininas foi posterior às masculinas materializada no discurso dessas primeiras medalhistas. A opção em concentrar as análises nesse grupo deu-se pelo pioneirismo dessas mulheres, e pela hipótese de que o discurso apresentado por elas congregaria exemplos significativos dos alicerces que assentaram as bases do esporte olímpico para mulheres no Brasil.