Prevalência de escoliose idiopática e de dor nas costas em crianças e adolescentes do sertão de Pernambuco 

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Dantas, Milla Gabriela Belarmino
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5170/tde-29102020-160515/
Resumo: O objetivo deste estudo foi estimar a prevalência de escoliose idiopática do adolescente (EIA) e de dor nas costas em crianças e adolescentes escolares do sertão de Pernambuco e identificar fatores demográficos, clínicos, relacionados ao estilo de vida e à postura associados a essas duas condições. Foram avaliados 520 crianças e adolescentes, recrutados de oito escolas públicas estaduais pertencentes às cidades de Petrolina e Serra Talhada. O rastreamento para EIA foi realizado pela mensuração do ângulo de rotação de tronco (ART) no teste de Adams por meio do escoliômetro®. Os avaliados com ART >= 7° foram encaminhados para radiografia. O rastreamento de dor nas costas foi feito com aplicação de instrumento de avaliação da postura corporal e dor nas costas BackPEI. A avaliação postural foi realizada por fotografias analisadas no Software de Avaliação Postural (SAPO). Entre os sujeitos avaliados, 51 (9,8%; IC 95%:7,4-12,6%) apresentaram ART >= 7°, 16 (3,1%; IC 95%: 3,2 -6,9%) tiveram diagnóstico de EIA confirmado, sendo 10 meninas e 6 meninos. A prevalência de dor nas costas nos últimos três meses foi de 63,7% (n=331). O valor médio do ângulo de Cobb dos adolescentes com EIA foi de 18,65o ± 2,11º (IC 95%: 17,05º- 19,30º). Os adolescentes com EIA apresentaram menor Índice de Massa Corporal (IMC) que os demais. O alinhamento da cabeça (c7) esquerdo, foi diferente entre os sujeitos com EIA e os falsos positivos. O ângulo de anteversão e retroversão pélvica foi diferente entre adolescentes com EIA de curva única e curva dupla. A dor nas costas apresentou intensidade média de 3,83 (IC 95%: 3,57 - 4,08), associação ao sexo feminino, fatores hereditários e quantidade de dias de prática de atividade física semanal, com maior prevalência naqueles com menor frequência semanal (RP:4,239). Fatores posturais envolvendo o modo de se sentar para as atividades de conversar, escrever e utilizar o computador também apresentaram associação com a presença de dor nas costas, bem como o modo inadequado de carregar a mochila escolar. Conclui-se que a prevalência de EIA em cidades do sertão de Pernambuco é semelhante à descrita na literatura e a prevalência de dor nas costas é maior que em outras regiões do país. Sujeitos com EIA apresentam menor IMC que os demais. A dor nas costas apresentou associação com sexo feminino, fatores hereditários e hábitos posturais dinâmicos