Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Faria, Juliene Morais de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/59/59138/tde-16082024-145840/
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Resumo: |
A Cannabis sativa L. é uma planta conhecida popularmente no Brasil como maconha. A C. sativa vem sendo utilizada já há muitos séculos e é muito conhecida devido aos seus efeitos psicoativos e terapêuticos causados por compostos pertencentes à uma classe chamada de canabinoides, exclusivamente presente nas plantas do gênero Cannabis. Os canabinoides mais importantes encontrados na C. sativa são o Δ9-tetraidrocanabinol (Δ9-THC) e o canabidiol (CBD). O primeiro trata-se de uma substância altamente psicoativa, enquanto o segundo tratase de um composto não psicotrópico. Os métodos de detecção utilizados atualmente pelas forças policiais e indústrias farmacêuticas para constatação e quantificação de canabinoides são constituídos pelo teste colorimétrico e pelos métodos instrumentais como CLAE e CG-EM, sendo o primeiro um método pouco seletivo e os instrumentais possuem um elevado custo operacional, elevado tempo de análise, impossibilidade da portabilidade, entre outros. Este trabalho tem o objetivo de desenvolver um método alternativo que possa suprir as desvantagens dos métodos já consolidados. Para isso foi desenvolvido um método voltamétrico, utilizando as técnicas de VC e VL, com um eletrodo impresso em impressora 3D modificado com pasta de carbono e tinta de prata. Foi feita uma caracterização eletroquímica do eletrodo e uma análise de variância (ANOVA) para testar sua repetibilidade e reprodutibilidade, obtendo bons resultados para ambos os parâmetros. Foi possível a detecção e quantificação de Δ9-THC e CBD com o eletrodo desenvolvido, com parâmetros analíticos e valores médios das concentrações das amostras analisadas semelhantes aos encontrados para eletrodos comerciais já consolidados, como o eletrodo de disco de platina e o SPPE, obtendo valores de LD e LQ em níveis de µmol L-1. A quantificação foi validada com o método CG-EM e foram obtidos valores de erros relativos que variaram entre 2,27% e 18,66%, sendo encontrados valores semelhantes de erros relativos para os eletrodos comerciais também. Por fim, realizando uma análise de custo do eletrodo desenvolvido, foi encontrado o valor aproximado de R$ 1,57, representando uma economia de aproximadamente 93% em relação ao custo de um eletrodo serigrafado comercial. Sendo assim, pode-se concluir que o método e o eletrodo desenvolvido se mostraram promissores na detecção e quantificação de Δ9-THC e CBD em níveis de µmol L-1. Foi possível o desenvolvimento de um método simples, versátil, miniaturizado, portátil e de baixo custo, com grande potencial para a aplicação nas áreas clínicas e forenses. |