Produção camponesa nos pantanais de mato Grosso: estudo da comunidade de São Pedro, município de Barão de Melgaço

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1993
Autor(a) principal: Iadanza, Enaile do Espirito Santo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8136/tde-18102024-174801/
Resumo: O trabalho estuda a comunidade de São Pedro, localizada no Pantanal do município de Barão de Melgaço, Estado de Mato Grosso, a qual sofre grande influência das oscilações hidrológicas, que lhe conferem um ritmo de vida próprio e uma relação ímpar com os recursos naturais. Baseou-se em revisão bibliográfica, dados censitários, questionários e principalmente em entrevistas e observações realizadas na comunidade para o desenvolvimento deste estudo. Abordou-se os momentos mais marcantes para o processo de ocupação dos Pantanais e algumas políticas públicas adotadas na região. Buscou-se entender a evolução fundiária e agropecuária da região dos Pantanais de Mato Grosso, a partir de 1960, período no qual as transformações ocorridas na agricultura do país foram mais intensas. O conhecimento das atividades agrícola e pecuária dos camponeses de São Pedro foi fundamental neste estudo, como também suas relações com o meio e a importância destas atividades na vida e na manutenção da unidade familiar do camponês pantaneiro. Observou-se que as doações de sesmarias na região de São Pedro geraram pequenas unidades de produção familiar principalmente devido a fixação do sesmeiro na região possibilitando as transformações ocorridas no espaço para a construção do ambiente da comunidade. A reprodução da família camponesa só vem sendo possível pela forma pouco agressiva de relacionamento com os recursos naturais e devido aos momentos de trabalho coletivo, especialmente na pecuária. E necessário estudar em maior profundidade o saber de comunidades tradicionais e seu relacionamento com o ambiente visando a adoção de políticas públicas adequadas a cada localidade que busquem soluções primordialmente de caráter estrutural