Análise dos resultados imediatos e tardios do tratamento percutâneo da coartação da aorta em adolescentes e adultos: comparação entre balões e stents

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2004
Autor(a) principal: Pedra, Carlos Augusto Cardoso
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5131/tde-20082007-075149/
Resumo: Mais informações são necessárias para definir se o tratamento percutâneo da coartação da aorta com stents é superior à angioplastia com cateter-balão. De julho de 2000 a maio de 2003, 21 adolescentes e adultos com coartação da aorta focal e média de idade de 24 anos (DP 11 anos) foram submetidos, consecutivamente, a implante de stents (grupo 1). Os resultados foram comparados com os obtidos em um grupo histórico de 15 pacientes com média de idade de 18 anos (DP 10 anos) (p = 0,103) submetidos a angioplastia (grupo 2) nos últimos 18 anos. Após o procedimento, a redução do gradiente sistólico foi maior (99% [DP 2%] versus 87% [DP 17%]; p = 0,015), o gradiente residual foi menor (0,4 mmHg [DP 1,4 mmHg] versus 5,9 mmHg [DP 7,9 mmHg]; p = 0,019), o ganho no local da coartação foi maior (333% [DP 172%] \"versus\" 190% [DP 104%]; p = 0,007) e o diâmetro da coartação foi maior (16,9 mm [DP 2,9 mm] versus 12,9 mm [DP 3,2 mm]; p < 0,001) no grupo 1. Alterações da parede da aorta, incluindo dissecções, abaulamentos e aneurismas, foram observadas em oito pacientes do grupo 2 (53%) e em um do grupo 1 (7%) (p < 0,001). Não houve complicações maiores. Cateterismo (n = 33) ou ressonância magnética (n = 2) de controle foram realizados em seguimento mediano de um ano para o grupo 1 e um ano e meio para o grupo 2 (p = 0,005). A redução do gradiente sistólico persistiu em ambos os grupos; entretanto, gradientes tardios mais altos foram observados no grupo 2 (mediana de 0 mmHg para o grupo 1 versus 3 mmHg para o grupo 2; p = 0,014). Não houve perdas no diâmetro da coartação no grupo 1 e houve ganho tardio no grupo 2 (16,7 mm [DP 2,9 mm] versus 14,6 mm [DP 3,9 mm]; p = 0,075). No grupo 1, dois pacientes necessitaram de novo implante de stent em decorrência da formação de aneurisma ou fratura da malha do stent. No grupo 2, as anormalidades da parede aórtica não progrediram e um paciente necessitou de redilatação em decorrência da recoartação. A pressão arterial sistêmica foi semelhante em ambos os grupos durante o seguimento (sistólica: 126 mmHg [DP 12 mmHg] no grupo 1 versus 120 mmHg [DP 15 mmHg] no grupo 2; diastólica: 81 mmHg [DP 11 mmHg] no grupo 1 versus 80 mmHg [DP 10 mmHg] no grupo 2; p = 0,149 e p = 0,975, respectivamente). Apesar de os desfechos clínicos terem sido satisfatórios e similares com ambas as técnicas, o uso de stents propiciou resultados mais previsíveis e uniformes para alívio da estenose, minimizando também o risco de desenvolvimento de alterações da parede da aorta.