Compartimentação sedimentar da região da Zona de Fratura de São Paulo adjacente à Dorsal Mesoatlântica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Silva, Beatriz Bressan de Souza e
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/21/21136/tde-18072024-093206/
Resumo: O tectonismo oblíquo de abertura do Oceano Atlântico Equatorial favoreceu a formação de um cinturão de Zonas de Fratura. A Zona de Fratura de São Paulo é uma das mais expressivas e promove um offset de ~600 km EW entre dois segmentos da Dorsal Mesoatlântica através de quatro Falhas Transformantes e três Segmentos de Cadeias Intra-Transformantes en échelon. O regime tectônico transformante da região, associado a episódios de transpressão e transtensão, é responsável pelo desenvolvimento de uma batimetria complexa. Os dados de geofísica marinha coletados na região da Zona de Fratura de São Paulo adjacente à Dorsal Mesoatlântica durante a Expedição Cold Mantle Exhumation and Intra-transform Accretion revelam que os profundos vales transformantes estão preenchidos por espessos depósitos de sedimentos pelágicos e hemipelágicos pouco perturbados por fatores externos, como abalos sísmicos e correntes oceânicas de fundo. Os dados de batimetria multifeixe e de backscatter indicam um leito marinho pouco rugoso e com intensidade de backscatter de até -50 dB no interior dos vales transformantes, cujas análises de testemunhos coletados na região indicam corresponder majoritariamente a sedimentos biogênicos compostos por foraminíferos planctônicos. Além disso, os dados de sísmica multicanal 2D sugerem que esta cobertura sedimentar representa o topo de pacotes sedimentares com espessuras de até ~750 m, cujas sismofácies são caracterizadas por refletores sísmicos paralelos, de baixa, média e/ou alta amplitude e de alta continuidade lateral. Deste modo, o presente trabalho enfatiza a importância da sedimentação pelágica e hemipelágica nesta região tectonicamente ativa do Oceano Atlântico Equatorial. Além disso, ele propõe a realização de estudos mais detalhados da composição e da arquitetura sedimentar das camadas mais superficiais dos depósitos sedimentares da região a fim de determinar a origem do sedimento predominante e a influência da sismicidade ativa da região em seus depósitos sedimentares.