Reprocessamento e reutilização de cânulas de perfusão

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2005
Autor(a) principal: Martins, Alzira Maria da Silva
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/9/9135/tde-02092013-181037/
Resumo: Os procedimentos utilizados para reprocessamento e reuso de artigos médicos de uso único não estão normalizados nem avaliados quanto a segurança. Os objetivos deste estudo foram: (i) determinar o tempo de esterilização e aeração de cânulas de perfusão em ambiente industrial; (ii) avaliar os níveis de resíduos de óxido de etileno, concentração de endotoxinas e resistência a tração de cânulas de perfusão após reprocessamento e reuso em ambiente hospitalar. No ambiente industrial as cânulas foram submetidas á esterilização com 450mg/L de 10% de óxido de etileno e 90% de CO2 por um período de 2 horas a uma temperatura de 45 a 55° C, umidade entre 30 e 90% aeração com 26 trocas de ar por hora com temperatura de 35°C. No ambiente hospitalar a cânula aramada TF 36460 foi utilizada em procedimento cirúrgico com circulação extracorpórea; lavada com água potável, desinfecção com detergente enzimático, enxague com água potável, embalada em papel grau cirúrgico e reprocessada por óxido de etileno com concentração de 500mg/L de 12% de óxido de etileno e 88% de Freon com tempo de exposição de 240 minutos, temperatura de 53°C, umidade entre 40-60% e aeração em temperatura ambiente. No ambiente industrial o tempo necessário para redução de 12 ciclos logarítmicos (SAL 10-6), foi de 120 minutos, no ambiente hospitalar foi de 240 minutos. O tempo de aeração variou de 19 a 28 horas na área industrial; e no ambiente hospitalar foi de 28 horas. No segundo reuso a cânula apresentou residual de óxido de etileno de 83,09 ppm; acima do limite especificado (≤_25ppm). Os testes de resistência a tração e determinação da concentração de endotoxinas foram realizados até o quarto reuso não apresentando resultados fora dos limites especificados. O procedimento de reuso nas condições atuais realizado em ambiente hospitalar foi reprovado, pois não atendeu aos requisitos de residual de óxido de etileno descritos na portaria Brasileira Interministerial n° 482.