Avaliação de risco à saúde humana associada a exposição inalatória de arsênio, níquel e chumbo no MP10 de fonte veicular, na cidade de São Paulo, SP

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Piai, Kamila de Almeida
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6143/tde-07062022-144835/
Resumo: Introdução. O material particulado (MP) emitido pela queima de combustíveis fósseis de origem veicular é a principal fonte de exposição ambiental à elementos potencialmente tóxicos (EPTs) presentes no ar atmosférico dos centros urbanos, entre eles arsênio, níquel e chumbo. Objetivos. Este estudo avaliou os riscos à saúde humana de efeitos não carcinogênicos e efeitos carcinogênicos associados a exposição inalatória de arsênio, níquel e chumbo no MP10 de origem veicular, coletado em uma das estações de monitoramento da qualidade do ar, na cidade de São Paulo, ao longo dos anos 2002, 2006, 2009 e 2012. Métodos. Os dados de concentração dos EPTs foram obtidos pela Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (CETESB) e estão disponíveis no website da agência. As amostras semanais foram coletadas em todas as estações do ano, durante 2002, 2006, 2009 e 2012 na estação de monitoramento Cerqueira César, localizada próximo a uma via de intenso tráfego veicular. A análise estatística foi realizada utilizando o Software R (versão 4.0.5) e RStudio (versão 1.2). O software ProUCL foi usado para estimar os valores UCL95%. A avaliação de risco à saúde humana foi realizada de acordo com os métodos da United States Environmental Protection Agency (USEPA). Resultados. As concentrações de arsênio e chumbo no ar apresentaram médias mais elevadas durante o inverno do que nas outras estações (p <0,05). O chumbo apresentou o maior risco de efeitos não carcinogênicos (HQ> 1,0). Arsênio e níquel apresentaram o maior risco de efeitos carcinogênicos, inclusive acima de 1E-06. O risco para ambos os efeitos foi maior no inverno. Conclusão. Esses achados destacam a importância da poluição do ar como fator de risco para a saúde da população, principalmente em centros urbanos com intenso tráfego veicular. Ações para reduzir a exposição à poluição do ar ambiente devem ser priorizadas nas agendas de políticas ambientais e de saúde.