Associação entre polimorfismos de nucleotídeo único relacionados aos genes da adiponectina, receptor do tipo Toll 4, IL-1 e IL-6 e ingestão de lipídios e seus efeitos sobre um padrão inflamatório sistêmico em um estudo de base popul

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Norde, Marina Maintinguer
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6138/tde-16122015-110355/
Resumo: Introdução: Evidências experimentais, epidemiológicas e clínicas mostram o papel da inflamação na patogênese de desordens metabólicas, sendo a modulação da resposta inflamatória associada a quantidade e a qualidade dos ácidos graxos (AG) da dieta. Polimorfismos de nucleotídeo único (SNP) podem influenciar a relação entre AG e concentração plasmática de biomarcadores inflamatórios. Objetivo: Verificar a associação de SNP relacionados aos genes da adiponectina, Receptor do tipo Toll (TLR)-4, interleucina (IL)-1 e IL-6 e ingestão de lipídios com um padrão inflamatório sistêmico, baseado na concentração plasmática de onze biomarcadores inflamatórios em estudo de base populacional ISA-Capital. Metodologia: O presente estudo compreende adultos (20 a 59 anos) do estudo de base populacional, ISA-capital 2008-2010 (n=302). A coleta dos dados dietéticos foi realizada por meio de recordatório de 24 horas, aplicado em duplicata. A partir do plasma, foram determinadas as concentrações plasmáticas de adiponectina, proteína C reativa (PCR), IL-1, IL-6, IL-8, IL-10, fator de necrose tumoral-alfa, IL- 12p70, Quimiocina C-C motif ligante (CCL) 2, molécula de adesão intercelular solúvel (sICAM)-1 e molécula de adesão celular vascular solúvel (sVCAM)-1, por meio da técnica multiplex de imunoensaio, e o perfil de ácidos graxos (AG) do plasma por cromatografia gasosa. A partir do DNA genômico foi realizada a genotipagem dos SNP relacionados aos genes da adiponectina (rs266729, rs17300539, rs16861209, rs1501299 e rs2241766), TLR4 (rs4986790, rs4686791, rs5030728, rs11536889), IL-1 (rs1143623, rs16944, rs1143627, rs1143634 e rs1143643) e da IL-6 (rs1800795, rs1800796, rs1800797) pelo sistema Taqman Open Array. Uma análise multivariada de Cluster (k-means) foi realizada para separar os indivíduos legíveis entre grupo inflamado (INF), n=93, e grupo não inflamado (NINF),n=169, segundo a concentração plasmática dos onze 8 biomarcadores inflamatórios avaliados. Resultados: Todos os SNP estavam em equilíbrio de Hardy-Wienberg (n=301). O INF apresentou idade, circunferência da cintura, pressão arterial e concentrações de triacilgliceróis sanguíneo estatisticamente maiores que aqueles observados para o NINF. O INF apresentou concentração plasmática de AG palmítico (C16:0), razões AG saturados (AGS)/AG ômega-6 (n-6) e AGS/ AG poli-insaturados (AGPI) e atividade estimada da enzima estearoil CoA desaturase aumentadas e concentrações plasmática de AGPI, n-6 e AG araquidônico (AA) e atividade estimada da enzima delta-5-dessaturase (D5D) reduzidas em comparação com o NINF. Interações SNP-AG plasmáticos estatisticamente significantes para predisposição ao padrão inflamatório sistêmico foram detectadas entre o SNP +6054 G>A (rs1143643) do gene da IL-1 e os AG esteárico, AA e AGPI e atividade estimada da enzima delta-6-desaturase (D6D); entre o SNP +3725 G>C (rs11536889) do gene do TLR-4 e a razão AA/AG eicosapentaenoico (EPA); entre o SNP +45 T>G (rs2241766) do gene da adiponectina e o AG ômega-3 (n-3); entre o SNP -7734 C>A (rs16861209) do gene da adiponectina e AA; e entre o SNP -11391 G>A (rs17300539) do gene da adiponectina e AGS. Conclui-se que algumas frações dos AG do plasma podem modular a inflamação e que SNP localizados nos genes da adiponectina, TLR-4, IL- 1 e IL-6 podem interagir com as frações de AG do plasma influenciando a chance de desenvolver uma inflamação sistêmica.