Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
1996 |
Autor(a) principal: |
Fonseca, Luiz Augusto Marcondes |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6132/tde-08032018-115806/
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Resumo: |
A mortalidade por câncer no Estado de São Paulo vem crescendo em importância à medida em que se processam as transições demográfica e epidemiológica. Atualmente, cerca de 13 por cento das mortes no Estado se devem ao câncer, prevendo-se aumento futuro nessa proporção. As neoplasias malignas mais frequentes como causa de morte foram, em 1993, as de pulmão, estômago, próstata, leucemias e linfomas e de boca e faringe, nos homens, enquanto, nas mulheres, foram as de mama, colo do útero e útero não especificado, estômago, cólon-reto e leucemias e linfomas. Houve diferenças regionais na mortalidade por câncer dentro do Estado de São Paulo, destacando-se a região administrativa de Santos, cujas taxas padronizadas foram as maiores, em ambos os sexos. Houve decréscimo das taxas padronizadas de mortalidade pelo conjunto dos cânceres entre 1972 e 1992, maior nas mulheres (-7,1 por cento), que nos homens (-3,7 por cento). As tendências temporais idade-específicas para o conjunto dos cânceres foram examinadas por análise de regressão que utiliza a distribuição de Poisson, com resultados significativos indicando quedas da mortalidade nas idades até 69 anos, nos dois sexos, estabilidade nas mulheres acima de 70 anos e aumento nos homens dessa idade. A maior redução de taxas, tanto padronizadas quanto idade-específicas, ocorreu para o câncer de estômago, em ambos os sexos, com resultados significativos em todas as idades. Ao contrário do câncer gástrico, as neoplasias malignas do pulmão, mama feminina e próstata apresentaram aumento das taxas padronizadas, entre 1970 e 1992; no entanto, para algumas faixas etárias mais jovens, o câncer de pulmão registrou quedas significativas de taxas em ambos os sexos. Enquanto isso, o câncer do colo do útero e as leucemias permaneceram estáveis, mas nestas últimas notou-se queda de mortalidade nas crianças até 9 anos. Tratando-se de doenças distintas, cuja etiologia é complexa. e geralmente não conhecida, exceto por alguns fatores de risco e mesmo estes, apenas para algumas delas, as tendências declinantes observadas nos mais jovens não têm uma explicação única, mas, ao contrário, devem-se, com maior probabilidade, a uma combinação peculiar de fatores específicos para cada câncer, não se podendo desprezar a contribuição advinda dos progressos materiais, sociais e tecnológicos ocorridos nas últimas décadas. |