Avaliação do farelo de pinhão manso (Jatropha curcas L.) detoxicado na dieta de suínos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Berenchtein, Bernardo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/64/64134/tde-21092012-103205/
Resumo: Objetivou-se com este estudo avaliar a utilização do farelo de pinhão manso (Jatropha curcas L.) detoxicado (FPMD) na dieta de suínos em terminação. Inicialmente foi realizado um ensaio biológico com ratos Wistar. Não foram observados (P>0,05) efeitos da adição do FPMD sobre o desempenho, pesos relativos do fígado, rins, coração, intestino grosso, comprimento do intestino delgado, bem como nas análises sanguíneas dos animais. No entanto, foi observada redução significativa (P<0,05) na digestibilidade das dietas em resposta à adição do FPMD, além do aumento linear (P<0,05: P<0,001) no peso relativo do Intestino (Intestino Grosso + Intestino Delgado) e do Intestino Delgado. Em um segundo ensaio, foram avaliados os conteúdos de ésteres de forbol (EF), fenóis totais (FT), taninos totais (TT), taninos condensados (TC), saponinas (SPN), perfil de aminoácidos, a digestibilidade aparente do FPMD para suínos na fase de terminação, além do biogás e do metano gerado pelos dejetos dos suínos alimentados com a dieta basal e com a dieta basal acrescida de 8% de FPMD. Os conteúdos de EF, FT, TT, TC e SPN observados, foram, respectivamente, 0,06 mg/g, 26,08 e 10,43 equivalente grama de ácido tânico, 0,05 equivalente grama de leucocianidina e 0,005%. Foram obtidos valores de 83,8% de matéria seca digestível aparente, 3,5 kcal/kg de energia digestível aparente, 13,5% de proteína digestível aparente, 1,5% de fibra digestível aparente e 2,3 % de extrato etéreo digestível aparente. A utilização do FPMD não afetou significativamente (P>0,05) a geração de biogás e metano pelos dejetos dos suínos. Posteriormente, foram avaliados os efeitos da inclusão de níveis (2, 4, 6, 8%) de FPMD na dieta de suínos na fase de terminação sobre os parâmetros de desempenho, características de carcaça, qualidade da carne e toxicidade. A inclusão do FPMD apresentou resposta quadrática negativa (P<0,001) no peso final, ganho diário de peso e consumo diário de ração. No entanto, não foi observada diferença significativa (P>0,05) quando comparados os resultados do tratamento controle e a inclusão de 2% de FPMD, havendo apenas redução (P<0,05) no consumo diário de ração. Nas características de carcaça, a inclusão de FPMD apresentou respostas lineares negativas (P<0,05) para o rendimento de carcaça quente e espessura média de toicinho, além de resposta quadrática negativa (P<0,05) no comprimento de carcaça, não havendo diferença significativa (P>0,05) quando comparados o tratamento controle e a inclusão de 2% de FPMD. Em relação à qualidade da carne, não houve efeito significativo (P>0,05) sobre as variáveis. Nas enzimas transaminases hepáticas, a alanina aminotransferase não foi alterada (P>0,05), no entanto, a inclusão deste co-produto ocasionou resposta quadrática negativa (P<0,05) nos valores de aspartato aminotransferase. Finalizando, foi avaliada a emissão de metano entérico de suínos na fase de terminação, alimentados com dietas com a inclusão de 2% de FPMD. A inclusão do FPMD reduziu significativamente (P>0,05) a emissão de metano entérico pelos suínos. Com os resultados, conclui-se que, embora a inclusão do FPMD tenha acarretado alguns aspectos deletérios, de modo geral, o farelo de pinhão manso detoxicado pode ser incluído em até 2% nas dietas de suínos em terminação