Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Leão, Gabriel Bertozzi de Oliveira e Sousa |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48134/tde-05072017-153235/
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Resumo: |
Percebendo o importante papel da iconografia na atualidade, tanto na sociedade como na educação, e considerando a restrição visual dos alunos com deficiência visual, esta pesquisa propõe analisar as práticas pedagógicas de professores de História da educação básica no que tange ao uso da imagem iconográfica com alunos cegos. Neste trabalho, considera-se a iconografia não só como recurso de representação do tempo passado, mas também como documentação histórica, material pedagógico fundamental para a produção do conhecimento histórico e desenvolvimento do raciocínio crítico sobre a História. A pesquisa foi desenvolvida tendo como base teóricos que se alinham às áreas de Educação Especial, Ensino de História e Artes, tais como: Amiralian (1997), Aumont (1995), Ballestero-alvarez (2002), Barbosa (1998; 1999), Barthes (1984), Benjamin (1955), Bittencourt (1993; 1998; 2001; 2004; 2011), Brun (1991), Bueno (2011), Burke (2004), Calazans (2014), Candau (2010), Cerri (2010), Chartier (1988), Couchot (1993), Dondis (2007), Fonseca (2006), Fonseca e Siman (2001), Joly (2007), Knauss (2006), Kossoy (1980; 1989), Lowenfeld (1971), Masini (1994; 2012; 2013), Maud (1996), Merleau-Ponty (1999), Molina (2007), Moreira e Câmara (2010), Nobrega (2008), Ott (1999), Panofsky (2014), Profeta (2007), Reily (2004), Rossi (2006), Saliba (1999; 2001), Sardelich (2006), Sarraf (2014), Siman (2004), Snyder (2007) e Soler (1999). Inicialmente, foi feita uma pesquisa histórica sobre o ensino de História no Imperial Instituto dos Meninos Cegos, educandário do século XIX que fundou as bases para o ensino da pessoa com deficiência visual no Brasil, com destaque para os usos da imagem no ensino. Posteriormente, houve uma reflexão sobre as possibilidades envolvendo a leitura de imagens no campo do ensino de História e as teorias que envolvem a abordagem multissensorial de ensino para cegos, sob as concepções de corpo e percepção em MerleauPonty (1999). Essa pesquisa, de abordagem qualitativa, além da revisão bibliográfica realizada, compreende também, uma pesquisa de campo que permitiu conhecer práticas pedagógicas de professores de História com uso da iconografia, com foco para alunos do 7º ano do ensino fundamental. A pesquisa de campo foi realizada com base em observações em sala de aula e entrevistas semiestruturadas com os professores de História e do Atendimento Educacional Especializado que lecionam para alunos cegos matriculados no 7º ano do ensino fundamental de duas escolas da rede pública municipal de São Paulo. Além disso, houve também uma intervenção pedagógica inclusiva, em parceria com os professores de História das escolas, que envolveu o uso e a análise da iconografia como fonte documental e recurso didático para a disciplina. Os dados coletados foram analisados seguindo o referencial teórico de Bardin (2009). Procura-se, por fim, refletir e apontar possibilidades de ensino de História pautadas em uma abordagem multissensorial e fundamentadas na fenomenologia de MerleauPonty (1999), que permitam ao aluno com deficiência visual desenvolver uma análise mais completa da iconografia. |