Estudo fase II de radioterapia estereotáctica corpórea em pacientes com carcinoma hepatocelular e resposta parcial ou contraindicação à quimioembolização transarterial

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Chen, Andre Tsin Chih
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5168/tde-03072019-104805/
Resumo: CONTEXTO E OBJETIVO: O manejo do carcinoma hepatocelular (HCC) é desafiador devido a agressividade tumoral e cirrose associada. Faltam opções locais efetivas após falha à quimioembolização transarterial (TACE). Nosso objetivo foi testar através de estudo prospectivo fase II, a eficácia e segurança da Radioterapia Estereotáctica Corpórea (SBRT) em pacientes com HCC e resposta parcial ou contraindicação à TACE. MÉTODO: Pacientes com até 5 lesões de HCC restritas ao fígado realizaram SBRT na dose de 30 a 50 Gy em 5 frações. O desfecho primário foi sobrevida livre de progressão das lesões tratadas. Os desfechos secundários foram sobrevida livre de progressão hepática, sobrevida livre de progressão a distância, sobrevida global e toxicidade. Este estudo está registrado em clinicaltrials.gov sob o número NCT02221778. RESULTADO: De novembro de 2014 a junho de 2018, 19 pacientes receberam SBRT na dose mediana de 40 Gy (range 30 - 50 Gy). Todos tinham escore de Child Pugh A. A idade mediana foi de 67 anos (range 42-84 anos). A doença de base foi hepatite C em 42%, hepatite B em 26% e álcool em 26%. TACE prévia foi realizada em 84% dos pacientes, com mediana de duas TACEs (range 0-5). O número mediano de lesões foi dois (range 1-4), com tamanho mediano de 4 cm (1,5-10 cm). 32% dos pacientes tinham trombose tumoral; a AFP mediana pré-tratamento foi de 142,5 ng/ml (range 4,2 - 5 494 ng/ml). A sobrevida livre de progressão local em 1 ano foi de 80% (IC95%, 50% a 93%). A sobrevida livre de progressão hepática, sobrevida livre de progressão a distância e sobrevida global em 1 ano foram, respectivamente, de 52%, 82% e 84%. Não houve toxicidades clínicas grau 3 ou 4. Toxicidades laboratoriais até grau 3 ocorreram em 3 pacientes (16%). Resposta radiológica completa foi atingida em 53% dos pacientes, 42% tiveram resposta parcial. O tempo mediano para melhor resposta foi de 3,4 meses (range 2,4-12,6 meses). CONCLUSÃO: A SBRT é uma opção eficaz, segura e não invasiva em pacientes com HCC e resposta parcial ou contraindicação à quimioembolização